O governador Elmano de Freitas (PT) está levando mais tempo do que o esperado para fechar as indicações do seu secretariado. E o maior impasse para a conclusão desta primeira etapa, evidentemente, é político.
Eleito em primeiro turno, Elmano contou com uma coligação de nove partidos. Além disso, lideranças de outros partidos, como o PSDB, acabaram apoiando a chapa informalmente. Passado o pleito, entretanto, começaram as negociações para a montagem do governo, uma tarefa muito mais complexa.
Ao passo que aguardava as definições nacionais, para montagem do governo Lula, Elmano de Freitas foi costurando as alianças locais e fazendo os apontamentos da divisão dos cargos de primeiro escalão.
Uma questão da qual o governador eleito não abre mão é a paridade de gênero. Quer indicar o mesmo número de homens e mulheres.
Até o momento, apenas o bloco de secretários de perfil mais técnico começou a ser anunciado - exceção de Adelita Monteiro, do Psol, para a Secretaria de Juventude. Mais um sinal de que as tratativas políticas ainda estão em andamento e há questões delicadas a serem resolvidas.
Lideranças que foram importantes na campanha, como Zezinho Albuquerque (PP), que deve ir para a Secretaria de Cidades, e Chiquinho Feitosa, que deverá indicar um aliado para o primeiro escalão, também demandam uma certa engenharia política.
Xadrez mais complexo
O maior desafio do governador eleito, porém, é contemplar o PDT e seus líderes. As conversas entre as partes já avançaram, mas ainda há questões a serem resolvidas na reta final das negociações.
As tratativas envolvem diretamente a Assembleia Legislativa e a base de apoio ao governador no parlamento.
Já está no radar de Elmano a convocação de parlamentares, pelo menos 3 ou 4, entre deputados estaduais e federais, para a formação do governo. Essa composição visa também contemplar suplentes para assumirem mandatos na Assembleia e na Câmara dos Deputados.
Nos últimos dias, ganhou mais dimensão, inclusive, a ocupação dos cargos na Mesa Diretora do Legislativo Estadual. Uma tratativa que deveria ficar para o fim de janeiro, mas que se tornou um dos maiores impasses a serem resolvidos pelo governador e pelas lideranças que terão influência no governo.
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