O Fortaleza conquistou um feito enorme não apenas para o clube, mas para o Estado e a Região. Pela primeira vez na era dos pontos corridos, o Nordeste conseguiu classificar uma equipe para a fase de grupo da Libertadores via Brasileiro. Pode terminar a competição entre 4º e 6º lugar, dependendo dos resultados da 38ª rodada.
Com o desempenho esportivo de clubes brasileiros nas competições sul-americanas, criou-se a possibilidade de G-9 para a classificação da Libertadores, o que não ocorreu por conta do Athletico-PR, que não ficou entre os 9 primeiros colocados no Brasileirão.
Nenhuma novidade até aí. O número de times brasileiros em 2022 será exatamente o mesmo da temporada 2021, que é mesmo da temporada 2020, 2019 e por aí vai.
Eis que em algumas rodas de debates da imprensa Sul e Sudeste, surge o assunto sobre o número de participantes brasileiros na maior competição das Américas.
A discussão é estranha, ainda mais em tempos que se deveria democratizar e valorizar a descentralização das forças do futebol nacional. Ainda existe a chance de Ceará, Atlético-GO e América-MG conquistarem vagas no certame, o que seria de enorme grandeza e satisfação.
A mudança de paradigma no futebol nacional, com grandes times como Cruzeiro, Vasco etc relegados à Série B, parece ainda não ter sido suficiente para a 'queda da ficha'.
Não tem outra. Terão de aceitar. Se não houver um 'grande impedimento' na nova ordem do futebol brasileiro, serão cada vez mais frequentes classificações como a do Fortaleza.