O técnico Juan Pablo Vojvoda tem sido apontado por alguns críticos e torcedores como um dos principais responsáveis pela goleada sofrida contra o Atlético-MG, ontem, pela semifinal da Copa do Brasil.
E, de fato, o treinador argentino fez escolhas que não deram resultado durante o jogo. Um dos principais pontos de questionamento foi a escalação de Daniel Guedes como zagueiro no lugar de Tinga, mantendo o esquema 3-5-2 normalmente utilizado.
Outro questionamento é ter colocado em campo uma equipe ofensiva no papel, teoricamente desprotegida na contenção, o que teria ocasionado alguns dos gols tomados.
Invenções que deram certo
São questionamentos válidos quando o recorte é exclusivamente a partida. Mas no contexto de toda a temporada do Fortaleza de Vojvoda, a escolha do treinador é compreensível.
Foram as 'invenções' de Vojvoda que fizeram do Tricolor, um clube com orçamento modesto em relação aos 'grandes' da Série A, figurar entre os principais na classificação.
Tinga de zagueiro, Crispim de ala, entre outras inovações auxiliaram no desempenho diferenciado do time. É o perfil do treinador. Ele arma o Leão para encarar qualquer equipe do futebol brasileiro. Muitas vezes deu certo, outras deu errado. Ontem foi dia que nada foi positivo.
Está dentro do pacote-Vojvoda. Todos os Tricolores devem concordar que tal 'encomenda' trouxe mais momentos positivos que negativos.