Uma característica dos jogos do Fortaleza no Castelão é que é impossível separar o que acontece na arquibancada e dentro de campo. Hoje pude presenciar tal fato, escrevendo este texto ainda na tribuna do Gigante da Boa Vista sobre este empate entre Tricolor e River Plate.
É que a conexão é tamanha que só consigo contar as minhas impressões 'tudo junto e misturado'. Da beleza do estádio cheio, as mensagens importantes e orgulhosas dos mosaicos contra a maldição do racismo no futebol. Ah, o jogo. Foi espetacular também.
Vibrante, imponente, destemido, o Fortaleza engoliu o River Plate na primeira etapa, marcando com Romero, mas também 'consagrando' Armani, arqueiro que mostrou por que é titular da seleção argentina.
Após susto, o River mostrou também as suas credenciais de um toque de bola envolvente, de uma camisa gigantesca. O empate através de penalidade não arrefeceu a torcida e o time tricolor.
O segundo tempo caiu o ritmo, mas não a emoção em lances capitais, em reclamação de ambos os lados contra a arbitragem.
No fim, um ponto somado para cada lado. Melhor para o River, pela confortável situação na tabela, pior para o Fortaleza que torce contra rivais do grupo e praticamente jogará por 2 vitórias nas partidas finais contra Alianza Lima e Colo-Colo.
Mas a mensagem que ficou mesmo é que o racismo foi derrotado. Neste ponto, todo mundo venceu. Até mesmo na presença de argentinos no Castelão não houve registro de mais casos de racismo, como se vinha repetindo. O mal foi repelido. Que se mantenha assim.