O Fortaleza terá, após mais de quatro meses, uma semana inteira sem jogos. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Cuiabá, no último domingo (31), o Tricolor volta a campo no domingo seguinte (7), para enfrentar o Internacional. O tempo será crucial para evolução física, clínica e tática.
RECUPERAÇÃO FÍSICA
O Fortaleza fez 51 jogos nesta temporada. Desde o dia 19 de março que o time joga todo meio e fim de semana. Foram 38 partidas no espaço de 134 dias. Média inferior a um jogo a cada quatro dias, das mais diversas competições, desde Campeonato Cearense e Copa do Nordeste à Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
A sequência extremamente desgastante tem impactado no desempenho do time. Claramente o Fortaleza cai de intensidade nos jogos e tem dificuldade para manter o nível de atuação.
O desgaste também tem acarretado lesões. Jogadores importantes ficaram de fora por problemas musculares.
RECUPERAÇÃO CLÍNICA
No último balanço do Departamento Médico, o Fortaleza informou que nenhum jogador está no DM. Os três atletas que lá estavam já iniciaram transição. Tinga (após cirurgia para correção de uma lesão ligamentar no pé esquerdo), Zé Welison (após estiramento no músculo posterior da coxa direita) e Hércules (após desconforto em adutor direito).
O tempo é importante para que eles possam intensificar a recuperação para que possam ficar novamente disponíveis. Destes, apenas Tinga não deve ser opção contra o Inter.
EVOLUÇÃO TÁTICA
O Fortaleza de 2021 não existe mais. Vojvoda abriu mão de vez do 3-5-2 e claramente monta a equipe agora mais num 4-4-2 ou 4-3-3. Certo é que há uma linha de quatro defensores bem definida (Brítez, Benevenuto, Titi e Juninho Capixaba), dois volantes, um meia/meia-atacante, dois velocistas pelos lados do campo e um centroavante referência.
Porém, ainda busca o encaixe perfeito para esta nova formatação. O que também demanda tempo. Há novos conceitos e comportamentos coletivos que devem ser assimilados e incorporados pelos atletas. E isso exige sessões de treinamento.
Com uma semana inteira para trabalhar, Vojvoda enfim pode aprimorar melhor este aspecto. Não chegar ao ponto ideal, mas ao menos evoluir.
E certo é que, contra o Internacional, devemos ver um Tricolor mais inteiro fisicamente, com mais peças recuperadas do DM e com melhor organização tática.