'Treinados para ter ódio', diz pai de torcedor morto em conflito de organizadas em Belo Horizonte

Pai da vítima revelou que o rapaz fazia parte da organizada da Raposa há pelo menos cinco anos

Legenda: Pedaços de madeira, pedras e cadeiras foram usadas em confronto
Foto: Reprodução/Twitter

No último domingo (6), o torcedor Rodrigo Marlon Caetano Andrade, de 25 anos, morreu após ser atingido por uma bala durante briga entre torcidas organizadas do Atlético-MG e do Cruzeiro, no bairro Boa Vista, em Belo Horizonte (MG).

A partida aconteceu no Mineirão, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. De acordo com testemunhas ouvidas pela Polícia Militar, pelo menos dois homens foram baleados e levados para Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Leste, no bairro Vera Cruz.

Em entrevista à rádio Itatiaia, o pai da vítima revelou que o rapaz fazia parte da organizada da Raposa há pelo menos cinco anos, o que não agradava a família.

De um tempo pra cá, o Rodrigo se envolveu com torcida organizada. Fazia parte da organizada de Sabará. Quando eu fiquei sabendo, ele já estava bem infiltrado. A gente sabe como é torcida organizada. Marca briga, pega atleticano, já matou também. Não sei se ele participou. Há pouco tempo morreu amigo dele também. A gente vem falando para sair desse negócio de torcida organizada

O pai ainda afirmou que Rodrigo estava com o comportamento agressivo. "Ele estava muito rebelde. Torcida organizada pra mim é tudo bandido. A gente sabe que o meio de torcida organizada rola tudo. Orgia, drogas. Eles são treinados para ter ódio. Para pegar torcida rival e matar, machucar. A gente aconselhou, falou. Cada dia que passava, chegava com coisa da Máfia Azul... vai virar tudo fumaça. Meter fogo", revelou.

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Para conter a briga, os militares precisaram chamar reforços. Paus, pedras, cadeiras e foguetes foram usados durante o conflito.