O anúncio do desligamento aconteceu um dia após Cueva ter sido anunciado na equipe peruana
O meia-atacante peruano Christian Cueva, foi demitido do Cienciano, do Peru, nesta terça-feira (20), um dia após ter sido contratado. O atleta foi afastado do clube após sua esposa denunciá-lo por violência física e psicológica.
Cristhian Cueva debe terminar en la cárcel como el agresor de mujeres y vulgar delincuente que es.
Es lamentable que el @Club_Cienciano no se haya pronunciado y no haya decidido separar del equipo a este piraña. Una verguenza que siga en libertad. pic.twitter.com/HuYoc2m7TC
A decisão do clube foi anunciada logo depois que o Ministério Público do Peru iniciou uma investigação contra o ex-jogador de São Paulo e Santos e que um tribunal emitiu medidas de proteção a favor da esposa Pamela López Solórzano.
"Após concluir o processo interno de investigação, o jogador de futebol Christian Cueva Bravo foi afastado de maneira definitiva do Cienciano", anunciou o clube de Cusco pela rede social X. "Rechaçamos de maneira categórica qualquer forma de violência, especialmente a violência de gênero, e não toleramos condutas que vão contra estes ideais", afirmou o clube.
O Cienciano avaliava a permanência de Cueva desde segunda-feira (19) à tarde, quando viralizaram nas redes sociais dois vídeos que mostravam o jogador agredindo a esposa em um elevador. Os vídeos datam de fevereiro deste ano, e foram gravados em um hotel em Trujillo, ao norte de Lima, segundo a advogada de Pamela.
MEDIDA PROTETIVA
O Cienciano ressaltou que quando contratou e apresentou Cueva na manhã de segunda-feira (19) as imagens de violência doméstica ainda não haviam sido divulgadas. Cueva, de 32 anos, defendeu a seleção peruana por mais de uma década e no Brasil teve passagens por São Paulo (2016–2018) e Santos (2019).
A esposa do jogador obteve nesta terça-feira (20) "medidas de proteção preventiva e de reabilitação" concedidas por um Tribunal Superior de Justiça. Além disso, um juizado de família proibiu Cueva de cometer qualquer tipo de ato que "implique violência familiar e de se aproximar de Pamela López".
Como uma das medidas de proteção, o tribunal instalou o aplicativo "Botão do Pânico" no celular de Pamela para que ela reporte qualquer ato de violência futuro. O casal tem três filhos menores de idade.