Xand chora no Aviões Fantasy, Safadão chama cantor de 'professor' e Talita Mel faz toada; assista
Anfitrião da festa, forrozeiro usou diferentes fantasias em evento
Com linguagem cinematográfica e uma mega estrutura, o Aviões Fantasy 2025 entregou, na noite de sábado (13), um espetáculo digno de grandes festivais internacionais. O anfitrião da festa chorou logo nos primeiros minutos da abertura.
Trajado de comandante pela primeira vez, assim chamado pelos fãs, Xand Avião cantou hits de diferentes álbuns do Aviões do Forró. O reconhecimento do trabalho do cantor, veio por meio das vozes do público e também por uma toada de Talita Mel que fez o dono da festa chorar mais de uma vez.
Um dos momentos mais aclamados do evento foi o encontro no palco de Xand e Wesley Safadão. Juntos, eles gravaram uma música inédita. O anfitrião ainda ganhou o reconhecimento do amigo forrozeiro que rasgou elogios: "Nosso professor maior!".
A festa ainda teve Zé Vaqueiro vestido de Woody, personagem do filme "Toy Story"; o cantor Nattan trajado de caixa de fósforo; e Felipe Amorim de Harry Potter.
Equipe gigante no palco
O evento, que reuniu mais de 100 pessoas simultaneamente no palco em alguns momentos, teve a direção criativa do cearense André Gress.
“Tudo foi pensado para criar uma estrutura que contasse uma história numa pegada de show internacional. O Xand trouxe esse desafio, e nós aceitamos pensar o Fantasy não só como um festival para tocar clássicos, mas como uma experiência imersiva. Foi um espetáculo à altura de Fortaleza”, destacou Gress.
A produção do evento contou com direção artística de Carlos Aristides e direção de marketing de Meli Daniel, responsáveis por assinar produções de nomes como Nattan, Mari Fernandez, Zé Vaqueiro, e os demais nomes da produtora Vybbe.
Logo na abertura, o público foi surpreendido por um enredo que misturava realidade e efeitos visuais. Xand apareceu nos telões como um viajante intergaláctico, atravessando portais até surgir no palco de forma impactante. “Nós criamos uma narrativa em que nada acontece por acaso. Até a catapulta que lançou o Xand ao palco tinha um propósito dentro da história que contamos”, explicou Gress.
A entrada triunfal foi seguida por coreografias com mais de 20 bailarinos, cenários em movimento e recursos como palco giratório e elevadores.
“Foi tudo sincronizado. Tivemos uma equipe imensa para garantir que cada detalhe funcionasse em perfeita harmonia. Foi emocionante ver o público embarcar nesse universo”, acrescentou.
Um dos ápices da noite foi o ato chamado "Todos Podem Voar". Nesse bloco, um coral nordestino com 25 vozes se juntou a seis músicos de cordas e piano, enquanto o palco giratório girava lentamente. “Foi um dos momentos mais emocionantes. O coral surgiu cantando uma versão especial de 'Coração', com arranjo para piano, violino, viola e cello. Depois, o Xand apareceu no meio do grupo e seguiu em direção ao avião cenográfico”, detalhou Gress.
A cena ganhou ainda mais impacto com a entrada de uma fanfarra de 70 integrantes, entre músicos e bailarinos com bandeiras. “Chegamos a ter mais de 100 pessoas no palco ao mesmo tempo, todas sincronizadas. Foi grandioso. Não se tratava apenas de volume, mas de entregar emoção com estética e propósito”, reforçou.
Dragões e Safadão
Outro ponto alto foi a participação de Wesley Safadão. Para a entrada do convidado, o cenário ganhou ares medievais com a aparição de dragões em telões, fogo e efeitos especiais.
“Eu quis representar dois grandes nomes do forró com essa simbologia. No momento em que os dragões surgem, aparecem também os símbolos WS e XA. Foi apoteótico”, contou o diretor.
O produtor revelou ainda a dimensão da equipe envolvida. “Foram mais de 700 pessoas trabalhando para o Fantasy acontecer. É um tiro único. Não temos como repetir os fogos ou as cenas. Ou dá certo na hora ou não dá. E deu muito certo”, comemorou.
Veja também
Para André Gress, o maior legado do Aviões Fantasy é mostrar que o forró pode alcançar a mesma linguagem de espetáculos globais. “As pessoas não viram apenas explosões e efeitos especiais. Viram um conceito, uma história sendo contada com propósito. O Fantasy mostrou que o forró pode ser contado em alto nível, sem perder sua essência”, afirmou.
Encerrando, o diretor resumiu a emoção: “É uma alegria enorme, porque poucas pessoas sabem quantas mãos estão envolvidas nisso. Meu papel é só juntar as peças. Mas ver esse resultado em Fortaleza, no Ceará, e com o forró como protagonista, é algo que me enche de orgulho”.