Brasil, em melhor forma e favorito, reencontra o Paraguai

Quis o destino que as seleções do Brasil e Paraguai se enfrentassem novamente em um mata-mata de Copa América, em um curto espaço de tempo. Agora, qualquer vacilo custará o adeus à competição

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Legenda: Paraguai, algoz recente do Brasil, volta a se confrontar com a seleção canarinha
Foto: Juan Mabromata/AFP

Eu poderia falar que o histórico recente totalmente desfavorável aos brasileiros no que diz respeito a enfrentar o Paraguai na Copa América poderia fazer surgir uma espécie de medo ou trauma relacionado a isso, visto que, em 2011 e 2015, os paraguaios nos eliminaram nas cobranças de pênaltis. Mas em 2019 a história é completamente diferente.

Esse ano não há a insegurança e inexperiência de Mano Menezes no comando como tínhamos em 2011, nem a total desconfiança e insatisfação com um novo trabalho de Dunga à frente do Brasil, com uma Seleção abalada após o vexame do 7 a 1 no ano anterior, como em 2015. Sem falar que aquela geração do Paraguai tinha um time com muito mais qualidade, com Justo Villar, Roque Santa Cruz, Haedo Valdez e Lucas Barrio. Em 2019, a continuidade do trabalho de Tite se mantém, por mais que esteja passando por uma pequena desconfiança pela ausência de renovação.

O técnico já mostrou que sabe fazer o Brasil jogar como Brasil, impondo respeito aos adversários, jogando bonito, para frente, como sempre foi nossa característica. Estávamos perdendo isso, antes da chegada dele. E, ao contrário do que fez na Copa do Mundo, parece ter aprendido a mudar quando vê que algo não está dando certo.

O adversário

Na última rodada da fase de grupos dessa Copa América, o Brasil já em 1º aguardava Equador, Japão ou Paraguai. O único resultado que classificaria os paraguaios aconteceu. E com uma campanha muito fraca, só dois pontos em três jogos, empatando com o Catar, teve que desfazer as malas que já estavam prontas, para voltar à competição e encarar ninguém menos que os donos da casa.

O Paraguai, mesmo que de forma feia, já fez o máximo que poderia se esperar, que era avançar às quartas de final. Talvez com uma campanha de, pelo menos, uma vitória, poderiam enfrentar uma seleção menos qualificada e sonhariam com algo mais.

Hoje, os comandados de Eduardo Berizzo formam um time muito deficitário quanto à técnica. Não existe um jogador que possa sozinho mudar a história de um jogo. O melhor jogador do Paraguai até aqui tem sido o goleiro Gatito Fernandez, do Botafogo.

Com a fase dos paraguaios e a evolução da Canarinho, com elenco em sincronia, jogando de forma agressiva e, ao mesmo tempo, inteligente, caso haja uma nova eliminação, sem dúvida será o maior vexame dentre as três decisões.

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