Fugitivos de Mossoró ficaram a 3 metros de distância de policiais durante buscas, dizem testemunhas

Dupla teria conseguido fugir após notar proximidade de viatura da corporação

Legenda: Dupla está foragida desde o dia 14 de fevereiro
Foto: Reprodução

Foragidos há mais de um mês, os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró teriam ficado a menos de três metros de policiais, durante as buscas. A informação foi revelada por um casal rendido por Deibson Nascimento e Rogério Mendonça em 16 de fevereiro.

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De acordo com o Metrópoles, a dupla invadiu a casa das vítimas portando pedaços de madeira e exigindo jantar. Durante a passagem pelo local, que durou aproximadamente quatro horas, os comparsas ainda assistiram televisão, pediram celulares e realizaram ligações.

Para o casal, os fugitivos contaram que quase haviam sido capturados na noite anterior, após um helicóptero se aproximar da região de mata fechada onde estavam escondidos. Tentando escapar, eles teriam deixado uma camiseta e um lençol para trás, itens encontrados pela corporação posteriormente.

Em depoimento, as testemunhas também relataram que uma equipe da Polícia Penal quase avistou os foragidos, enquanto a dupla assistia televisão na varanda, por volta de 0h. A viatura da corporação teria passado pela rua da residência e abordado um grupo de moradores, assustando Deibson e Rogério.

Com medo de serem descobertos, eles exigiram que as vítimas se trancassem dentro de casa e fugiram em direção à mata.

RELEMBRE O CASO

Detidos em setembro do ano passado, Deibson e Rogério foram transferidos do sistema penitenciário do Acre para a unidade de segurança no Rio Grande do Norte, de onde escaparam no dia 14 de fevereiro.

A fuga desencadeou inúmeras buscas em municípios próximos e mobilizou mais de 300 agentes, de acordo com Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública.

QUEM SÃO OS FUGITIVOS?

Naturais do Acre, os fugitivos são membros de uma facção criminosa de origem carioca, com atuação nacional e internacional.

Também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, Deibson Nascimento está envolvido em 34 processos na Justiça do estado de origem. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo, tendo sido condenado a 33 anos de prisão.

Já Rogério Mendonça, apelidado como “Martelo”, responde por roubo, violência doméstica e homicídio qualificado. Com pena de 74 anos de prisão, o fugitivo tem mais de 50 processos e possui uma suástica (simbolo nazista) tatuada na mão.