A expectativa da PF é de capturar os criminosos quando eles saírem em busca de alimentos
A Polícia Federal (PF) acredita que os fugitivos de Mossoró não deixaram o perímetro das buscas e estão escondidos em uma das cavernas da região, segundo informações do colunista Paulo Cappelli, do jornal Metrópoles.
Apesar do aparato mobilizado, conforme a coluna, o Ministério da Justiça avalia ser impossível vasculhar o interior de todos esses espaços em curto espaço de tempo. A região abriga o Parque Nacional da Furna Feia, com mais de 200 cavernas mapeadas e muitas não catalogadas.
A expectativa da PF é de capturar os criminosos quando eles saírem em busca de alimentos. Para isso, houve reforço de patrulhamento no entorno das cavernas.
Apesar das buscas ainda sem retorno, uma desmobilização parcialda força-tarefa que foi deslocada para o Rio Grande do Norte está sendo estudada pelo Ministério da Justiça, segundo divulgado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A princípio, isso aconteceria em 30 de março, o dia seguinte ao fim do período determinado por portaria para que os 110 homens da Força Nacional auxiliem "nos esforços de captura dos foragidos". Policiais de outros estados que estão na operação também voltarão para os seus postos de origem, segundo o que está sendo discutido.
Relembro o caso
Detidos em setembro do ano passado, Deibson e Rogério foram transferidos do sistema penitenciário do Acre para a unidade de segurança no Rio Grande do Norte, de onde escaparam no dia 14 de fevereiro.
A fuga desencadeou inúmeras buscas em municípios próximos, e mobilizou mais de 300 agentes, de acordo com Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública.
Para os profissionais envolvidos na operação, os fugitivos continuam nas proximidades do presídio, entre Mossoró e Baraúna. Na cidade vizinha, a dupla chegou, inclusive, a invadir uma propriedade rural em busca de mantimentos e armas, no início deste mês.
Quem são os fugitivos?
Naturais do Acre, os fugitivos são importantes membros de uma facção criminosa de origem carioca, com atuação nacional e internacional.
Também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, Deibson Nascimento está envolvido em 34 processos na Justiça do estado de origem. Ele responde por crimes como formação de quadrilha, tráfico de drogas e roubo, tendo sido condenado a 33 anos de prisão.
Já Rogério Mendonça, apelidado como “Martelo”, responde por roubo, violência doméstica e homicídio qualificado. Com pena de 74 anos de prisão, o fugitivo tem mais de 50 processos e possui uma suástica (simbolo nazista) tatuada na mão.