Venda de armas de gel é proibida em Pernambuco após registro de mais de 60 pessoas feridas

Dispositivos viraram moda entre jovens nas últimas semanas e resultaram em uma guerra de gel nas periferias do Recife

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Redação producaodiario@svm.com.br
Legenda: Armas de gel foram proibidas em duas cidades de Pernambuco após guerra de armas na periferia do Recife
Foto: reprodução/TV Globo

A venda de armas de gel foi proibida nas cidades de Olinda e Paulista, no Grande Recife, após o dispositivo virar febre na periferia da Capital pernambucana e resultar em mais de 60 pessoas feridas nos olhos. O objetivo da medida seria restringir o uso dos brinquedos, evitando graves ferimentos. 

Essas armas têm bolinhas como munição, que são pequenas e rígidas quando estão desidratadas. A questão ocorre quando elas são colocadas na água, já que elas expandem dezenas de vezes. O material utilizado para elas é o poliacrilato de sódio, utilizado em fraldas de bebês.

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Entre o dia 30 de novembro e a quarta-feira (11), conforme a Fundação Altino Ventura (FAV), hospital de referência no atendimento oftalmológico no estado, ao menos 68 pessoas ficaram feridas por conta da má utilização dos brinquedos citados. Problemas como dor ocular, baixa visão, inflamações, lesões na córnea, arranhões e sangramento interno foram relatados. 

Proibição nas cidades

Paulista, inclusive, foi a primeira cidade a tomar uma medida nesse quesito. O  prefeito Yves Ribeiro (PT) sancionou a lei 5.367/2024, aprovada pela Câmara de Vereadores, na terça-feira (10), proibindo a fabricação, comercialização e distribuição desse tipo de arma no município.

A pena para o descumprimento da norma pode ser de advertência, multa, suspensão de atividades por 30 dias e até cassação de licença de funcionamento. Segundo a lei, a prefeitura ainda deve realizar uma "ampla campanha educativa" de conscientização sobre os riscos da prática.

Logo em seguida, na quarta-feira (11), o prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD) proibiu o uso de armas de gel na cidade por meio de decreto municipal. Várias sanções como advertências, suspensão de alvarás de funcionamento e multas também foram estipuladas. 

A prefeitura apontou que o decreto tem como base a lei estadual 12.098, de 2001, que proíbe a fabricação, venda e comercialização de brinquedos que se assemelhem a armas de verdade em todo o estado. 

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