Caso Beatriz: suspeito de matar menina com 42 facadas em escola de PE é identificado e confessa crime

Laudo pericial apontou que faca usada para assassinar a criança tinha DNA de Marcelo da Silva, de 40 anos. Criminoso já está preso devido a outros crimes

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(Atualizado às 20:39)
Legenda: Beatriz Angélica Mota estava em uma festa no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora quando o crime aconteceu
Foto: Reprodução/TV Globo

Passados seis anos e um mês, a Polícia Científica de Pernambuco identificou o suspeito de desferir 42 facadas contra a menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos. Marcelo da Silva, 40, já está preso por outros crimes e confessou ser autor do assassinato brutal. As informações são do G1

A peça-chave para o esclarecimento do caso foi a faca usada e deixada para trás no dia do crime. Conforme o laudo pericial, o DNA encontrado no cabo da arma branca é de Marcelo da Silva, de 40 anos.

O DNA da faca foi comparado com o material genético de 125 pessoas apontadas como suspeitas. Dentre eles, Marcelo, cujo DNA fazia parte do Banco Estadual de Perfis Genéticos. O perfil genético obtido a partir da amostra também é compatível com o DNA da menina.

suspeito de cometer o crime vestindo regata amarela e olhando para a câmera
Legenda: Marcelo da Silva, de 40 anos, confessou o crime
Foto: Reprodução/TV Globo

Motivação não esclarecida

O suspeito já estava preso, respondendo por outros crimes e foi indiciado nesta terça-feira (11), após ser ouvido por delegados.

Beatriz Angélica foi morta durante uma festa no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, instituição particular tradicional de Petrolina (PE).

O laudo final do Caso Beatriz foi concluído nessa segunda-feira (10) e enviado nesta terça (11) à Secretaria Estadual de Defesa Social (SDS) e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

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O documento da perícia técnica, ao qual a TV Globo teve acesso exclusivo, porém, não esclarece a motivação do crime e não detalhe a quais outros crimes Marcelo da Silva responde. Ele está preso em Salgueiro, no Sertão pernambucano.

Desde o dia do assassinato da criança, em 10 de dezembro de 2015, a polícia realizou sete perícias. Segundo o G1, o inquérito ainda reuniu 24 volumes, 442 depoimentos e 900 horas de imagens analisadas.

Família lutava por respostas e justiça

Em dezembro do ano passado, os pais da menina realizaram um trajeto a pé de mais de 700 quilômetros (km), de Petrolina a Recife, em busca de respostas para o crime e para pedir justiça. 

O ato durou 23 dias e teve o apoio de autoridades municipais e dos moradores das cidades por onde eles passavam. 

"Resolvi caminhar por amor à Beatriz. Para chamar a atenção do estado para a solução do caso de Beatriz. O estado ele tem obrigação de solucionar o inquérito de Beatriz, como também ele pode nos ajudar a federalizar o inquérito, porque já existe o pedido tramitando no Ministério Público Federal, ou ele pode aceitar a colaboração dos americanos", disse a mãe da menina, Lúcia Mota, na ocasião. 

sala com materiais queimados
Legenda: Corpo da menina foi encontrado atrás de um armário, em uma sala de material esportivo desativada
Foto: Reprodução/TV Globo

Crime

Beatriz Angélica foi morta na quadra do colégio Maria Auxiliadora. Lá, acontecia solenidade de formatura das turmas do terceiro ano — a irmã era uma das formandas da cerimônia.  

A última imagem da criança foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta de Lúcia e se dirige ao bebedouro da instituição, localizado na parte inferior da quadra.

Minutos depois, o corpo da menina foi encontrado atrás de um armário, em uma sala de material esportivo desativada após o incêndio causado por ex-alunos da escola. 

Em maio, a empresa norte-americana Criminal Investigations Training Group produziu e divulgou uma nova imagem do suspeito.

 

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