Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, de João Pessoa, na Paraíba, foi preso nesta sexta-feira (17). A Justiça havia expedido três mandados de prisão contra ex-dirigentes da unidade hospitalar. O sacerdote é suspeito de desviar, junto a outras duas mulheres, até R$ 140 milhões da instituição.
As informações são do g1. O padre Egídio se apresentou a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), conforme informou André Marcedo. Após audiência de custódia, o líder religioso foi encaminhado ao Presídio Especial do Valentina.
Além do padre, há ainda outras duas mulheres também foram presas. São elas: a ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa, Jannyne Dantas.
Por ter um filho de quatro meses, em amamentação exclusiva, Amanda irá cumprir prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Já Jannyne ficará Presídio Júlia Maranhão.
Como ocorria os desvios
Segundo as investigações, as verbas desviadas eram advindas a programas sociais como distribuição de refeições a moradores de rua, amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o Exame Nacional de Ensino Médio, cuidados a pacientes com Aids, entre outros.
Os recursos, segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), eram desvviados através do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana. Os crimes teriam iniciado em 2013.
O que diz a Arquidiocese da Paraíba
A Arquidiocese da Paraíba disse ao g1 que está sabe da sua responsabilidade e compromisso com transparência e integridade. Disse também que colabora com as investigações.
"Reforçamos nosso compromisso com a transparência e manifestamos total apoio às autoridades competentes, colaborando de forma irrestrita para que toda a verdade sobre os eventos em questão seja esclarecida”, disse em nota.