Telegram cede informações sobre grupos neonazistas e aplicativo deixa de ser suspenso no Brasil

Informações foram encaminhadas para a Polícia Federal, que deve avaliar a qualidade dos dados repassados

Escrito por Redação ,
Legenda: Plataforma poderia ser suspensa do Brasil
Foto: Shutterstock

O Telegram cedeu os dados da plataforma de mensagens sobre grupos neonazistas ligados aos casos de violência em escolas pelo País, nesta sexta-feira (21), para a Polícia Federal (PF). Na última quinta (20), a Justiça determinou a entrega das informações em 24 horas sob pena de suspensão do Telegram no Brasil e multa de R$ 100 mil por dia.

Essa medida foi estabelecida após a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz, no Espírito Santo, que deixou quatro pessoas mortas e outras 12 feridas. Foi descoberta a interação do assassino com grupos antissemitas. As informações são do portal g1.

Nesse contexto, os dados foram solicitados à empresa num pedido de quebra de sigilo telemático da PF.

Observou a autoridade policial que o menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas
Polícia Federal

Após o cumprimento da medida, a PF deve fazer uma análise dos dados para só então reverter a suspensão do serviço, que deve ser feita apenas na segunda-feira (24).

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Uso por extremistas

O Ministro da Justiça Flávio Dino determinou a investigação de células nazistas após investigações apontarem o envolvimento de grupos aos casos de violência em escolas pelo País.

Dino comentou que foram identificados grupos em São Paulo e Goiás que estariam recrutando adolescentes no Maranhão, no dia 13 de abril.

“Nós tivemos uma operação em que houve um agrupamento em que havia, inclusive, no domicílio bandeiras com suásticas. Eles estavam sediados em São Paulo e Goiás recrutando jovens no Maranhão. Recrutando jovens para a prática de violência em escolas. A denúncia veio desses jovens dizendo que estavam sendo assediados pela internet”, afirmou.

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