Renato Cariani se pronuncia sobre reportagem exibida em programa de TV: 'você acha que tem sentido?'

Empresário negou associação com tráfico de drogas e rebateu detalhes sobre investigação

Escrito por Redação ,
Renato Cariani em vídeo do Youtube
Legenda: Renato Cariani usou o canal no Youtube para rebater as acusações de associação com tráfico de drogas
Foto: reprodução/Youtube

O influenciador e empresário Renato Cariani, indiciado pela Polícia Federal por tráfico equiparado, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, usou o próprio canal no Youtube para rebater as informações veiculadas sobre a investigação em reportagem do 'Fantástico', da TV Globo. "Você acha que tem sentido?", questionou ele ao descredibilizar um dos pontos abordados e negar envolvimento em qualquer crime.

Já no início do material, que tem mais de 226 mil visualizações desde o início da tarde desta terça-feira (18), Cariani citou o indiciamento. Segundo ele, um depoimento já foi realizado.

"Toda essa investigação prossegue como tem que prosseguir. Muitas pessoas falando: 'Renato, tá saindo na mídia aí que você foi indiciado, tudo e tal'. Pessoal, isso faz parte do processo, continua da mesma forma, que é uma investigação para apurar os fatos e as responsabilidades. Tem nada alinhado, entendeu", alegou o influenciador.

Veja o vídeo:

A reportagem veiculada pelo 'Fantástico' foi exibida no último domingo (17), apontando detalhes da investigação na qual Cariani e a empresa da qual é sócio, Anidrol, viraram alvo. 

Denúncias apontam, inicialmente, que depósitos de R$ 212 mil, em dinheiro, foram os repasses que deram a origem à investigação. Eles estavam ligados em notas à AstraZeneca, que não reconheceu pagamentos ou pedidos feitos à Anidrol e resolveu denunciar o caso a PF. 

As investigações estariam se concentrando em um possível esquema de desvio, com duração de seis anos, que teria reunido uma quantidade de substâncias químicas capaz de produzir 15 toneladas de crack.

Cariani, no entanto, desmentiu as informações repassadas pelo 'Fantástico'. No longo vídeo do Youtube, ele citou que a reportagem se atentou a apenas dois novos fatos, o primeiro sobre a venda de tricloroetileno em 2016 e uma embalagem de ácido bórico da Anidrol encontrada durante uma operação em Praia Grande (SP) na última semana.

Sobre o primeiro caso, Cariani citou que o homem flagrado retirando os produtos com tricloroetileno não havia sido o responsável pela compra. 

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"A Anidrol vendeu tricloroetileno para uma pessoa jurídica, para uma empresa. Esse cara era quem retirava o produto, porque um ser humano retira o produto, né? Quer seja motorista, qualquer coisa, um ser humano retira, uma empresa não retira, tá? Então, foi vendido para que se chama 'Don Ville Calçados'", apontou.

Além disso, o empresário explica que o produto químico pode ser utilizado em três casos: como saneante, em casos de limpeza, para selar plástico e como cola para indústria de calçados. Cariani ainda reforçou que o tricloroetileno não possui controle pela Polícia Federal para venda em solo brasileiro.

"Agora, raciocina comigo. Uma indústria de calçados comprando um produto que não é controlado em quantidades pequenas. As notas em média de R$ 2 mil dentro de uma empresa que fatura mil notas por mês, você acha que um dos nossos seis vendedores ia se atentar que ele tava usando isso para fins ilícitos, se não é controlado? A pergunta é: se esse produto pode ser utilizado para fins ilícitos, porque ele não está no controle?", argumentou. 

Embalagem encontrada

Já em relação ao segundo caso, o influenciador também citou a embalagem encontrada durante a operação policial. O homem encontrado com o produto ligado à Anidrol teria feito uma série de pagamentos alegando ser representante de empresas farmacêuticas.

"Você acha que tem sentido eu colocar número de lote, fabricação, validade e sacaria em um produto que eu, porque a acusação é essa, estava ciente que ia para a fabricação de drogas? Eu acho que minimamente um cidadão que tem essa intenção não colocaria o rótulo dela na embalagem porque vai que de repente esse laboratório de drogas é descoberto pela polícia", começou sobre o tema.

O relato de Cariani envereda pela tese de que a embalagem identificada não poderia ter sido utilizada para fins criminosos, já que possui todo o controle feito pela Anidrol e, portanto, não teria o conhecimento da empresa em relação ao uso ilícito.

"Se a Anidrol fosse conivente com esse tipo de ação, ela ia colocar embalagem original? Rótulo com lote, sabe? Muito obrigado, Fantástico, por ter mostrado essa imagem, porque essa imagem mostra como a minha empresa está literalmente vítima dessa situação", apontou. 

Ao longo do vídeo, Cariani afirmou que tanto ele como a Anidrol, empresa com quem divide sociedade com Roseli Dorth, são vítimas da situação. 

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