Em novo vídeo, Renato Cariani volta a negar envolvimento em fabricação de droga e diz ter 'inimigos'

Influenciador afirmou que não tem o que esconder das autoridades, e que não adiará seu depoimento à polícia

Escrito por Redação ,
Renato Cariani
Legenda: A Anidrol, empresa de Cariani, uma indústria química que fica em Diadema (SP), foi um dos alvos da força-tarefa da Polícia Federal
Foto: Reprodução/Youtube

O influenciador fitness Renato Cariani voltou a negar envolvimento em fabricação de drogas e desvio de produtos químicos em um novo vídeo divulgado nas redes sociais nesta sexta-feira (15). Ele se diz vítima de uma operação da Polícia Federal (PF) e que possui "inimigos".

Cariani afirmou na publicação que não tem o que esconder das autoridades. "Não vou adiar meu depoimento, não tenho motivo para adiar, quero logo prestar esse depoimento", disse o empresário.

Sobre os "inimigos", ele disse que pessoas se afastaram dele após a operação da PF. "Quando eu levanto muito uma empresa, outros empresários se incomodam, eu tenho inimigos. Levantei muito um mercado e tirei de outros", afirmou ele.

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"Isso é fruto de uma denúncia, mas são essas as evidências? Será que quem denunciou apresentou essas evidências? Estão aqui as provas. É muito fácil realizar uma defesa quando se está com a verdade", defendeu-se.

Cariani também voltou a defender que sua empresa, a Anidrol, não tem envolvimento com esquemas criminosos, e reforçou sua inocência, assim como da sócia.

"Nada como um dia após o outro, meus amigos. Tudo na vida é um aprendizado. O que eu estou falando é verdade, eu nunca fiz nada, não faço parte deste esquema, nem minha sócia e nem a empresa que eu sou sócio", disse.

OPERAÇÃO 

A Anidrol, empresa de Cariani, uma indústria química que fica em Diadema (SP), foi um dos alvos da força-tarefa deflagrada na última terça. Segundo a PF, ao todo foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sendo 16 em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Paraná.

O grupo alvo é suspeito de desviar 12 toneladas de produtos químicos para a produção de crack, entre eles, fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. O total corresponde a mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para o consumo.

As investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras.

Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação da Organização Criminosa alvo da operação.

Conforme a investigação, os envolvidos no caso podem responder pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico e lavagem de dinheiro. As penas, somadas, ultrapassam 35 anos de reclusão. 

Em pronunciamento divulgado logo após a deflagração da operação que apura o caso, Cariani disse que Anidrol é toda "regulada".

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