Policial militar é preso em flagrante após matar outro PM no Rio de Janeiro
Militares teriam se desentendido anos antes
Um policial militar foi preso em flagrante, na noite desta terça-feira (15), em Irajá, no Rio de Janeiro, após matar outro policial. O crime aconteceu em um bar dentro de um condomínio e foi registrado por câmeras de segurança.
De acordo com o G1, que publicou a informação, o cabo Jonas Barreto Santos, que atirou contra o colega, foi levado para a Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga o caso. Ele passou a noite no local mas, nesta quarta (16), foi transferido para o Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Testemunhas relataram que a vítima, o sargento Sandro Rocha, estava no bar com a esposa, o filho de três anos de idade e uma vizinha, quando foi atingido. Os relatos também indicam que o cabo Jonas simplesmente chegou ao local e disparou contra o peito do outro militar, que morreu na hora.
Rocha trabalhava no 41º Batalhão da PM, em Irajá. Já Jonas atuava no Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE). As testemunhas disseram ainda que o cabo não mora no condomínio e, sim, em outra residência na região.
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Discussão
A esposa do sargento, Juliana Mariano, afirmou ao G1 que o marido e o cabo haviam se desentendido antes do crime.
“Há três anos, no condomínio que eu morava, meu filho era pequeno, de colo, tinha uns três ou quatro meses, o cachorro da Rafaela, que se diz mulher dele, desse assassino, avançou em mim. O meu marido botou o pé, para o cão não me pegar e nem o meu filho, e ela começou a agredi-lo verbalmente, o xingando de tudo que é nome. E ele falou que estava falando com ela com respeito, e que ela fizesse o mesmo. E ela falou que não ia falar, pois estava acostumada a falar assim com o marido dela. E ele falou: ‘mas o seu marido é obrigado a te aturar e eu não’”, lembrou Juliana.
A discussão teria continuado e envolvido os dois agentes: “Ela continuou, ele a xingou também. Eles bateram boca, o filho deles chamou o pai, que veio e houve uma discussão entre homens. Mas não teve tiro, não teve faca, não teve agressão física", disse.
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Na noite da terça (15), os dois casais se reencontraram. "Ele [Jonas] tomou essa atitude após ela me ver na quadra, e ficar olhando de cara feia para a minha mesa. Nisso aí foi para o salão de festa e, quando esse infeliz chegou, acabou com a vida do meu marido dessa forma cruel", registrou a esposa.
Outra testemunha endossou o relato: "Eu estava sentada com o filhinho dele [Rocha]. E aí o cara [Jonas] chegou: ‘Pô, está me reconhecendo?’ E tal [Barulho de tiro]. A seco. Só vi o sangue escorrendo no peito dele e saí para não deixar a criança ver aquela cena, né? Tudo muito rápido, uma coisa desnecessária. Mesmo que tivesse uma desavença, para que dar esse tiro? A gente estava no bar do condomínio, entendeu? O condomínio tem um bar", contou uma amiga da vítima.
Logo após cometer o crime, o policial ficou aguardando a chegada dos oficiais no local e foi preso.
Investigações
As investigações são tocadas pela Polícia Civil. No entanto, por se tratar de dois policiais militares, a Corregedoria da Polícia Militar também acompanha o caso e esteve no local após o crime.