Polícia de SP conclui que menino de 2 anos esquecido em van escolar morreu por desidratação

Esquecido em um transporte escolar sob um calor escaldante, Apollo Gabriel Rodrigues, de 2 anos, morreu por desidratação, conforme concluiu a Polícia Técnico-Científica. O laudo pericial foi divulgado na última sexta-feira (22), mas o caso ocorreu em 14 de novembro de 2023, em São Paulo. As informações são do G1. 

O documento também apontou que a criança estava com pneumonia aguda, doença que pode ter aumentando a chance da morte em razão do enfraquecimento do organismo.  

O casal responsável pelo serviço responde em liberdade por “homicídio doloso do crime comissivo por omissão imprópria e alternativamente dolo eventual”.

Para a Polícia Civil, Flavio Robson Benes, de 45 anos, e Luciana Coelho Graft, de 44, assumiram o risco de causar a morte do menino, já que demoraram para socorrê-lo.

Durante a investigação, eles confirmaram ter esquecido de conferir o número de crianças transportadas no dia da tragédia.

Naquele dia, fazia mais de 37ºC do lado de fora da van, considerado o segundo dia mais quente da história de São Paulo, segundo medição feita pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

Entenda o caso

O menino Apollo deveria ter sido entregue ao Centro de Educação Infantil (CEI) Caminhar por volta das 7h, mas acabou sendo esquecido na van até as 15h30. O veículo estava fechado e num estacionamento. 

Conforme relatos, o casal só notou ter esquecido a criança após o almoço, quando foi pegar o veículo para buscar os alunos na creche. Foi, então, que Apollo foi encontrado desmaiado no banco traseiro.

Os motoristas levaram-no até o Hospital Vereador José Storopolli, onde a morte do foi confirmada pelos médicos.