Pai de Henry Borel relembra último aniversário do menino, que faria 5 anos nesta segunda (3)

Henry foi torturado e morto em 8 de março, dentro de casa da mãe, Monique Medeiros

Escrito por Redação ,
henry borel
Legenda: Henry Borel em sua festa de quatro anos, em 2020
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Nesta segunda-feira (3), Henry Borel, morto em 8 de março, faria cinco anos. O pai do menino, Leniel Borel, relembrou a última festa de aniversário do garoto e fez relato saudoso nas redes sociais. 

"Henry, hoje seria seu aniversário de 5 aninhos. Mais uma festa para comemorarmos juntos, sempre do jeitinho que você queria, com todos os personagens, brincadeiras, bolos e brigadeiros que você gostava. Emocionante era ver sua alegria ao abrir os presentes", escreveu o pai na legenda de uma foto que mostra Henry em sua festa temática de quatro anos, fantasiado de Mário Bros.

"Que orgulho de você, meu presente de Deus! Ah, como era lindo te ver crescendo. Nosso tempo juntos foi muito breve, mas sempre intenso, feliz e muito especial. Daria tudo o que tenho por mais um dia com você, por mais um abraço, mais um sorriso ou apenas ouvir-te dizer: - Papai, eu te amo", continuou Leniel. 

"03 de Maio ficará eternizado comigo, pois sei que estarás vivo em meu coração por todos os dias da minha vida!", afirmou o pai de Henry. 

Leniel também compartilhou um versículo bíblico, o Salmo 39:5: "Eis que fizeste meus dias da largura de palmos, e a duração da minha vida é quase nada diante de ti; todo ser humano, seja quem for, não passa de um breve sopro". 

Henry foi torturado 

A mãe de Henry, Monique Medeiros, e o ex-namorado dela, o vereador do Rio de Janeiro Dr. Jairinho, são suspeitos da morte de Henry, no dia 8 de março, em um apartamento de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os dois estão presos desde 8 de abril.

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As investigações apontam que Henry era torturado pelo vereador, que também é investigado por agressão sofridas por outras crianças e já foi indiciado por tortura contra filha de uma ex-namorada. Monique tinha conhecimento da situação desde o dia 12 de fevereiro, pelo menos. 

A polícia concluiu que Henry foi assassinado com emprego de tortura e sem oportunidade de defesa. O inquérito aponta que a criança chegou à casa da mãe por volta de 19h20 de 7 de março, um domingo, após passar o fim de semana com o pai.

O laudo da perícia aponta 23 lesões provocadas por ação violenta e descartou a primeira versão apresentada por Monique e Jairinho, de que Henry teria se machucado ao cair. Ele morreu em um intervalo de quatro horas após sofrer hemorragia interna provocada por lesão hepática, concluiu o laudo complementar do Instituto Médico Legal (IML).

Monique mudou versão

Em nova versão sobre a morte do filho, Monique Medeiros afirmou que foi drogada pelo então companheiro, Dr. Jairinho, na mesma madrugada em que o filho de quatro anos faleceu. A declaração consta em uma carta de 29 páginas escrita pela professora dentro do Hospital Penitenciário em Bangu, onde está internada com Covid-19.

A defesa do vereador disse que a carta é uma 'peça de ficção'. No início das investigações, os dois eram representados pelo mesmo advogado, mas Monique optou por ter defesa separada e começou a revelar detalhes sobre o comportamento agressivo de Dr. Jairinho. 

Conforme os advogados de Monique, ela está contando essa nova versão só agora porque nunca estava sozinha. "A Monique a todo momento sempre estava com alguém, nunca esteve sozinha, no sentido de ter a liberdade de poder falar aquilo que ela teria a dizer, precisava dizer", declarou Thiago Minagé.

O engenheiro Leniel Borel, pai do menino Henry, já afirmou que os relatos da mãe da criança, Monique Medeiros, de que era agredida pelo vereador são apenas parte da tática da defesa.

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