Obra de metrô desaba e abre cratera na Marginal Tietê, em São Paulo

O asfalto cedeu e ocorreu um desabamento ao lado da construção, que fica entre as pontes da Freguesia do Ó e do Piqueri

Escrito por Redação ,
Cratera metrô SP
Legenda: Vias expressas ao redor do local do acidente foram bloqueadas, assim como o trecho afetado da própria Marginal.
Foto: Reprodução/Globo

Uma cratera foi formada perto de um canteiro de obras do metrô de São Paulo, na Marginal Tietê, na manhã desta terça-feira (1º). O asfalto cedeu e ocorreu um desabamento ao lado da construção, que fica entre as pontes da Freguesia do Ó e do Piqueri, na Zona Norte de São Paulo.

Segundo informações do portal G1, o desmoronamento ocorreu por volta das 9h. Era possível constatar deslizamentos de terra dentro da cratera que havia se formado. Com a sequência de deslocamento do terreno, o buraco na Marginal Tietê vem aumentando progressivamente.

Vias expressas ao redor do local do acidente foram bloqueadas, assim como o trecho afetado da própria Marginal. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) pediu aos motoristas que evitassem a Marginal Tietê e as vias da região.

O tráfego foi desviado para o sentido Castello Branco e os motoristas enfrentam 3 km de filas, entre os km 16 e 13. Apesar disso, todas as linhas do Metrô seguem funcionando normalmente.

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Ainda de acordo com o portal, o Corpo de Bombeiros informou inicialmente que a escavação feita por um "tatuzão" atingiu algum rio ou adutora, o que fez com que o túnel escavado se inundasse.

No entanto, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo José Galli, explicou que o equipamento passava três metros abaixo da galeria e que não houve choque com a adutora. "Mas de alguma maneira houve o rompimento e esse problema tem que ser investigado".

Todos os trabalhadores conseguiram sair, e dois que tiveram contato com a água contaminada foram socorridos por precaução. Não há informações sobre feridos.

VAZAMENTO DE ESGOTO

O secretário dos Transportes Metropolitanos detalhou também que o vazamento de uma galeria de esgoto causou o acidente. Além disso, estipulou que o solo provavelmente não suportou o peso da galeria, que passava 3 metros acima da máquina conhecida como "tatuzão", e acabou se rompendo.

Uma auditoria será aberta para investigar as causas do acidente. Porém, Galli já aponta que o "tatuzão" não atingiu a tubulação.

“Houve o rompimento da galeria [de esgoto] que passa no sentido transversal ao túnel e houve o início de vazamento às 8h21. O solo não aguentou. A tuneladora passava a 3 metros dessa galeria, portanto não houve um impacto da tuneladora com a galeria”.
José Galli
Secretário dos Transportes Metropolitanos

Após o desabamento, o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado (DAEE) disse que não foi constatado danos ao leito do Rio Tietê.

REABRIR A MARGINAL TIETÊ

Já a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), por meio de nota, explicou que a tubulação, chamada Interceptor de Esgotos (ITI-7), é responsável por encaminhar o esgoto coletado para tratamento na ETE Barueri.  No momento, os técnicos da companhia trabalham para desviar o esgoto a outros interceptores.

"A prioridade número 1, liberação do trânsito na Marginal Expressa, CET já foi liberada pela Enel que também teve um envolvimento aqui. Agora a pista expressa vai ser liberada para melhorar o conforto e a velocidade média para chegar ao seu destino”.
João Doria
Governador

O secretário acrescentou, por fim, que será feita uma análise no local, mas que, num primeiro momento, "não há riscos" para os imóveis do entorno.

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