Marcola é levado para hospital sob forte escolta policial no DF, diz jornal
Considerado o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcola cumpre pena atualmente na Penitenciaria Federal de Brasília
Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi levado na manhã desta sexta-feira (4) para fazer exames no Hospital Regional do Gama (HRG), sob forte esquema de segurança. As informações são da coluna Na Mira, do Metrópoles.
Considerado o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcola cumpre pena atualmente na Penitenciaria Federal de Brasília.
A ação para levar o criminoso ao hospital contou com participação de 90 policiais, entre penais federais, militares e civis, de grupamentos do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope); do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo); do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque); e da Divisão de Operações Aéreas (DOA).
O advogado Bruno Ferullo afirmou à coluna que Marcola passou por exames de sangue e fez uma endoscopia, procedimentos que já estavam programados. Segundo ele, Marcola está bem de saúde.
Em 2020, o criminoso também deixou a prisão para exames no Hospital de Base (HBDF). À época, o preso chegou e saiu de helicóptero.
Transferência para Brasília
Marcola voltou à Penitenciária Federal em Brasília em janeiro deste ano. A transferência ocorreu por autorização do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, classificando se tratar de medida para prevenção contra “um suposto plano de fuga ou resgate”.
Antes disso, ele havia sido transferido de Brasília para Rondônia, em março do ano passado.
Na época, a remoção foi um pedido do governador do DF, Ibaneis Rocha, atualmente afastado do cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, na capital federal.
O líder do PCC já havia passado pela penitenciária federal de Porto Velho em 2019. Marcola acumula condenações que somam mais de 300 anos.
Quem é Marcola?
Órfão aos 9 anos, Marcos "batia" carteiras e roubava toca-fitas de carro na região do Glicério, Zona Central de São Paulo. O apelido viria, então, do tempo em que cheirava cola na Praça da Sé.
Aos 18 anos, ele foi preso por roubo a banco, fez passagem no Carandiru e, em seguida, foi ao anexo da Casa de Custódia de Taubaté, o Piranhão. Na época, o PCC estava sendo criado e por lá ele se uniu a Sombra.
Crimes
Inicialmente, ele foi condenado a 232 anos e 11 meses de prisão por formação de quadrilha, roubo, tráfico de drogas e homicídio, mas nunca assumiu, de fato, a posição de chefe do PCC. Em depoimentos, chegou a dizer que o envolvimento dele com o grupo era ideológico e não estava relacionado a nenhum crime.
A condenação mais recente do criminoso foi após acusação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) de ter dado ordem para matar o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o chefe da Croeste (Coordenadoria dos Presídios da Região Oeste do Estado), Roberto Medina, em dezembro de 2018.
Por conta disso, ele foi transferido da Penitenciária Federal de Brasília para a Penitenciária Federal de Porto Velho.
Até hoje, a defesa de Marcola diz que ele nunca integrou o PCC, não liderou nenhuma célula de organização criminosa e não deu ordem para matar autoridades, policiais ou agentes públicos.