Major dos Bombeiros foi queimado vivo ao denunciar barricadas do tráfico no Rio, diz polícia
A prisão foi feita por policiais militares do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas
Suspeito de participação na morte e sequestro do major Wagner Luiz Melo Bonin, de 42 anos, no Rio de Janeiro, foi preso no final da noite desta quinta-feira (17). Segundo noticiado pelo portal UOL, a prisão foi feita por policiais militares do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas.
Conforme a corporação e os Bombeiros, a vítima teria sido queimada viva. O suspeito estaria envolvido no sequestro e seria um dos responsáveis por atear fogo no carro do militar.
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O caso ocorreu após o major ser flagrado tirando fotos para denunciar a colocação de barricadas por parte do tráfico de drogas na região de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. De acordo com o UOL, ele teria enviado as fotos para a Polícia Civil, e dias depois teria sido sequestrado, como forma de retaliação.
Prisão
O suspeito foi preso quando estava passando em um carro pela Avenida Brasil, uma das principais vias expressas do Rio. O homem estava acompanhado de outras duas pessoas. Os três foram encaminhados à Delegacia de Homicídios da Capital. Os dois homens que acompanhavam o suspeito foram liberados.
Agentes da Delegacia de Homicídios encontraram o celular do suspeito, de 20 anos, na cena do crime. De acordo com a Polícia, ele era ligado ao tráfico da região e teria dito que estava fugindo para Campo Grande, bairro da Zona oeste da Cidade.
Pertences do major foram encontrados na casa do suspeito. O homem morava na comunidade de São Mateus, local onde também a vítima residia. A região é controlada por uma facção.
Queimado vivo
"Eu fui informado pelo direto de perícia da Polícia Civil que o major foi queimado vivo. Era um profissional excepcional, estamos todos muito abalados", disse o secretário de Defesa Civil e comandante-geral dos Bombeiros, Leandro Monteiro.
O corpo de Wagner Luiz Melo Boni, foi encontrado na última quarta-feira (17), carbonizado no banco detrás do próprio carro, no Parque Columbia, na zona norte do Rio de Janeiro. O major havia atuado no resgate das vítimas de Brumadinho.
Policias encontraram Wagner por conta do rastreador do veículo. Ele deixou esposa e uma filha de dois anos.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito não pôde ter o nome divulgado por não possuir uma defesa constituída. Ele deve ser transferido para a Cadeira Pública de Benfica, presídio que serve de triagem para o sistema prisional fluminense.