Juiz do Trabalho e professor é suspeito de abusar sexualmente de ao menos 10 mulheres em São Paulo

Crimes teriam acontecido em um fórum e nas redes sociais. O CNJ e o TRF-3 apuram as denúncias

Escrito por Redação ,
Marcos Scalercio, de 41 anos, é juiz substituto do TRT da 2ª Região e professor de direito material e processual do trabalho
Legenda: Marcos Scalercio, de 41 anos, é juiz substituto do TRT da 2ª Região e professor de direito material e processual do trabalho
Foto: Reprodução/ Instagram

Um juiz federal do Trabalho e professor de Direito de um cursinho particular é suspeito de abusar sexualmente de ao menos 10 mulheres, dentro do fórum e nas redes sociais, entre 2014 e 2020, em São Paulo. As informações são do portal G1.

Marcos Scalercio, de 41 anos, é juiz substituto do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região e professor de direito material e processual do trabalho.

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As três primeiras denúncias contra Scalercio foram feitas ao Me Too Brasil, organização sem fins lucrativos que oferece assistência jurídica gratuita a vítimas de violência sexual. A ONG levou as queixas ao Conselho Nacional do Ministério Público, que depois acionou os órgãos competentes.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, e o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em São Paulo, apuram as denúncias nas áreas administrativa e criminais, respectivamente.

O portal G1 teve acesso a 10 denúncias feitas por mulheres contra o magistrado, por crimes sexuais. São elas uma funcionária do TRT, uma advogada, uma professora de Direito, uma estagiária de Direito e seis alunas do cursinho.

Dentre as vítimas, três acusam o juiz de agarrá-las e beijá-las à força dentro do seu gabinete no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, ou em uma cafeteria próxima ao cursinho, no Centro.

As outras sete vítimas relatam que foram assediadas pelas redes sociais, com mensagens com conotação sexual.

A reportagem do g1 procurou a defesa de Scalercio para comentar o assunto, mas o advogado do magistrado informou que ele e seu cliente não iriam comentar as denúncias no momento.

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