Indígena é morto a enxadadas por amigo em briga por cachaça no Espírito Santo

Suspeito do crime ocultou o corpo da vítima no quintal por 1 ano

Escrito por Redação ,
Indígena é morto a enxadadas no Espírito Santo
Legenda: O homem cobriu a fossa com uma tampa de concreto, deixando o corpo naquele mesmo local, a cerca de 5 metros da casa dele.
Foto: Divulgação / PCES

O indígena Carlos Maximiliano de Oliveira, de 56 anos, foi morto a enxadadas por um amigo após desentendimento por conta de uma cachaça. O corpo da vítima foi encontrado nessa segunda-feira (29), na cidade de Aracruz, no Espírito Santo, pela Polícia Civil. As informações são do jornal O Globo.

O homem estava desaparecido há cerca de 1 ano. A partir de uma denúncia anônima, os investigadores chegaram ao corpo de Oliveira e a um suspeito, amigo dele, que confessor ter assassinado a vítima.

O delegado André Jaretta, da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, à frente do caso, afirma que o indígena foi visto pela última vez no dia 1º de junho do ano passado após sair da casa dos pais na zona rural da cidade.

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"Os familiares aguardaram alguns dias e registraram a ocorrência de seu desaparecimento cinco dias depois. Eles informaram, à época, que ele era dependente de álcool, mas sempre voltava para casa, o que não ocorreu desta vez. A partir de então iniciamos as investigações. Durante as buscas foram usados até cães do Corpo de Bombeiros de Colatina", afirmou o delegado.

Entenda o caso 

Na tarde de segunda-feira, a equipe da DHPP recebeu informações sobre um homem de 52 anos que "poderia ter relações com o desaparecimento". Ele foi intimado a depor e confessou o crime.

"Durante o interrogatório, ele confessou aos policiais que na noite do dia 1º de junho do ano passado, seu amigo Carlos esteve em sua casa, onde ingeriram cachaça juntos. Ele afirmou que, após terminar a bebida alcoólica, Carlos desejava ir até Coqueiral de Aracruz comprar mais, porém o autor discordou, gerando assim uma discussão", disse André Jaretta.

As agressões verbais evoluíram para uma troca de socos. O indígena, bêbado, teria caído em uma fossa no quintal do local onde eles estavam. Neste momento, o autor do crime bateu na cabeça da vítima duas vezes com uma enxada.

Ainda conforme o delegado, ao perceber que Carlos Maximiliano havia morrido, o homem cobriu a fossa com uma tampa de concreto, deixando o corpo naquele mesmo local, a cerca de 5 metros da casa dele.

Após confessar o crime, o assassino indicou aos policiais onde o corpo estava escondido, concretado no fosso. O homem teve a prisão decretada pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Aracruz. Ele foi levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Aracruz.

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