Depoimentos de sobreviventes da Boate Kiss são recordados após estreia de série; relembre caso

Tragédia terminou com 242 pessoas mortas após incêndio em casa noturna no Rio Grande do Sul

Escrito por Redação ,
Pessoa usa blusa branca com escritos nas costas que diz Kiss 242 vítimas
Legenda: Ao todo, a tragédia causou a morte de 242 pessoas na noite do dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, Rio Grande do Sul
Foto: TJRS

Com os 10 anos da tragédia da Boate Kiss nesta semana e o lançamento de duas minisséries sobre o caso, os depoimentos de sobreviventes têm sido recordados nas redes sociais. No dia 27 de janeiro de 2013, um incêndio tirou a vida de 242 pessoas e deixou outras 600 pessoas feridas em um clube em Santa Maria, no Rio Grande do Sul (RS). 

Os relatos emocionados das vítimas tomaram a internet durante o júri do caso, que ocorreu em 2021. Quatro réus chegaram a ser condenados, mas em 2022 o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS) anulou o julgamento, após recursos da defesa.

O incêndio ocorreu após um integrante da banda Gurizada Fandangueira disparar um artefato pirotécnico e as centelhas atingiram o teto do prédio, revestido por espuma, causando um incêndio de grandes proporções. 

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sobrevivente do incêndio na boate Kiss

A mulher, de 28 anos, teve parte da perna amputada em razão dos ferimentos sofridos. Cerca de 18% do corpo dela foi queimado na ocasião. Para o juiz Orlando Faccini Neto, Kelen relatou que passou pelo processo de aceitação desde o ano passado, em razão das cicatrizes. 

"Queimei 18% do corpo e perdi meu pé. Uso uma prótese em decorrência de tudo que aconteceu", disse a jovem, que ficou com a sandália presa no tornozelo durante a fuga do incêndio, cortando a circulação sanguínea no local.

Sobreviventes 

Outra vítima, Kátia Giane Pacheco Siqueira, ex-funcionária da Boate Kiss, também depôs no júri e foi uma das mais de 600 vítimas. Ela teve 40% do corpo queimado. 

No dia da tragédia, ela contou que parte da iluminação do estabelecimento caiu e o público falava em "fogo" e "biga". Nesse momento, ela tentou sair. 

Sobrevivente e ex-funcionária da boate durante júri sobre incêndio na Kiss em Porto Alegre, Rio Grande do Sul
Legenda: Testemunha começou a trabalhar no local cerca de seis meses antes do incêndio
Foto: reprodução/YouTube

"Foi quando eu senti um jato de espuma entrando na minha garganta e eu comecei a gritar lá dentro que eu não queria morrer", relembrou. 
Kátia Giane Pacheco Siqueira
sobrevivente e ex-funcionária da boate Kiss

O jovem Delvani Brondani Rossi, de 29 anos, contou em depoimento que havia ido para Santa Maria se divertir com um amigo. Ele percebeu o incêndio após ser avisado por outro frequentador. 

"Eu só vi que era sério quando percebi todo mundo virando para a saída. [...] As pessoas gritavam mais ainda, eu escutava barulhos de vidro quebrando, um desespero, sabe?", desabafa. 

 

 

 

 

 

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