Delegado Da Cunha será investigado novamente pela corregedoria da Polícia após abordagem
Ele, que está afastado das ruas, teria feito abordagem armada em São Paulo
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu nova investigação contra o delegado Carlos Alberto da Cunha, de 43 anos, o Da Cunha, para apurar a atuação dele em um bar que mantinha máquinas caça-níqueis, nesta quinta-feira (9), na capital paulista. As informações são da Folha de S. Paulo.
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O objetivo é saber se ele, que está afastado da função, agiu como delegado da ativa durante a apreensão dos equipamentos. Da Cunha é famosos nas redes sociais por gravar vídeos mostrando a rotina policial.
Ele já foi denunciado por simular operações e inventar a prisão de um chefe de uma organização criminosa paulista, em 2020, para criar vídeos para o canal no YouTube.
No último dia 5, o inquérito policial que investigava possíveis crimes de peculato cometidos por ele foi arquivado pela Justiça de São Paulo.
Nova investigação
Conforme apuração da Folha de S. Paulo, Da Cunha acionou a Polícia Militar, na quinta-feira, para pedir apoio na apreensão das máquinas de jogos.
Após a chegada de cinco equipes da PM, ele disse apurar uma denúncia anônima sobre o tráfico de drogas em uma rua próxima ao 73º DP, em São Paulo.
O suspeito, no entanto, teria saído correndo. Segundo ele, a perseguição pelo homem o levou ao bar, onde estavam as cinco máquinas caça-níqueis.
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Os policiais que foram atender a ocorrência teriam percebido que o delegado estava armado. Por isso, chamaram a Polícia Civil por não terem certeza de que ela poderia portar arma.
Dois delegados do 73º DP, o plantonista Denis Kiss e o titular do distrito, Ivair Martinho Graça, compareceram e solicitaram a arma do Da Cunha. Ele teria entregue sem resistência.
O grupo seguiu, então, para o distrito policial. Da Cunha foi ouvido como testemunha na ocorrência de jogo de azar, conforme a polícia.
Segundo o jornal, o registro oficial aponta que os policiais acionaram a Corregedoria. O delegado Martinho Graça pediu que fosse feito o registro do boletim do caso.
Procurado pela Folha, Da Cunha não se manifestou sobre o caso. Mas, nas redes sociais, negou que esteja atuando como policial.