Com Covid-19, mãe de Henry Borel apresenta comprometimento do pulmão
Monique Medeiros está isolada no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó
Diagnosticada com Covid-19 na segunda-feira (19), a professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, apresenta comprometimento de parte do pulmão. Conforme o laudo da tomografia realizada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, no Rio de Janeiro, 5% dos pulmões dela estão afetados pela doença. As informações são do jornal O Globo.
Atualmente, Monique está isolada no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Apesar da evolução no quadro da infecção, a professora passa bem, informou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
"A interna Monique Medeiros foi encaminhada, nessa terça-feira ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, por recomendação médica, para a realização de exame de tomografia, após diagnóstico positivo para Covid-19. A mesma passa bem e já retornou ao Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo de Gericinó, onde continuará isolada e recebendo o acompanhamento médico devido", afirma a nota da Seap.
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A professora foi presa no último dia 8 de abril com o companheiro, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), suspeitos de atrapalharem as investigações sobre a morte de Henry e ameaçar testemunhas. Os dois tiveram que cumprir quarentena de 14 dias antes de terem contato com os outros detentos, para evitar a proliferação do novo coronavírus nos presídios.
A Polícia Civil do Rio deverá concluir o inquérito da morte de Henry ainda esta semana. A confirmação foi feita pelo delegado Antenor Lopes Martins Júnior na terça-feira (20).
MORTE DE HENRY
Henry Borel morreu na madrugada de 8 de março, no apartamento em que vivia com Monique e Dr. Jairinho, na Barra da Tijuca. Segundo as investigações, ele era agredido pelo vereador com bandas, chutes e pancadas na cabeça. Monique tinha conhecimento da violência desde o dia 12 de fevereiro, pelo menos.
Henry foi levado pela mãe e pelo padrasto ao hospital Barra D'Or na madrugada de 8 de março e já chegou à unidade sem vida.
O laudo hospitalar sobre o corpo de Henry concluiu que a criança apresentava as seguintes condições:
- múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores;
- infiltração hemorrágica na região frontal do crânio, na região parietal direita e occipital, ou seja, na parte da frente, lateral e posterior da cabeça;
- edemas no encéfalo;
- grande quantidade de sangue no abdome;
- contusão no rim à direita;
- trauma com contusão pulmonar;
- laceração hepática (no fígado);
- e hemorragia retroperitoneal.
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Os investigadores afirmam que Henry foi assassinado com emprego de tortura e sem chance de defesa. O inquérito aponta que a criança chegou à casa da mãe por volta de 19h20 de 7 de março, um domingo, após passar o fim de semana com o pai. O casal foi preso no dia 8 de abril.