Caso Davi: família faz investigação particular após seis meses de desaparecimento de criança no RJ
O menino foi visto pela última vez no dia 4 de janeiro deste ano
O desaparecimento de Edson Davi Silva Almeida, de 6 anos, completou seis meses nesta quinta-feira (4). A criança foi visto pela última vez em praia na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia 4 de janeiro. Enquanto a Polícia Civil suspeita de afogamento, a família acredita que ele tenha sido sequestrado.
Nas redes sociais, a mãe dele, Marize Araújo, segue pedindo por ajuda para solucionar o caso.
"Por favor, me ajudem a encontrar meu filho (...) não deixem o caso ser esquecido e me ajudem a cobrar das autoridades uma solução, que revejam outras possibilidades e façam justiça pelo que realmente aconteceu com meu pequeno Davi!", escreveu na quarta-feira (3).
Uma manifestação foi organizada nesta quinta-feira (4) pelos familiares de Edson Davi para cobrar por justiça.
Linhas de investigação
Conforme o g1, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) acredita que a criança se afogou no mar. Durante investigações, câmeras em um perímetro de 2km foram analisadas e nenhuma imagem mostrava ele saindo da praia.
Além do afogamento, outras hipóteses foram investigadas, depois descartadas pela polícia por falta de comprovação. O caso segue sendo apurado pela DDPA.
Já os familiares de Edson Davi contrataram uma investigação particular, que considera o rapto da criança. Marize Araújo disse que testemunhas não foram chamadas para prestar depoimento.
Hoje eu não quero falar como eu sobrevivi o luto de um filho vivo, porque é nisso que eu acredito. Que o meu filho está vivo! Hoje eu quero expressar o tamanho da minha indignação, da minha revolta por falta de respostas, não me conformo com essa investigação sem solução, não me conformo com o descaso com a vida de uma criança de apenas sete anos de idade".
A polícia negou a possibilidade. "Nunca houve suspeita de sequestro, pois tecnicamente, pela análise das imagens, ele não saiu da praia. As testemunhas, por sua vez, o colocam indo em direção ao mar, pedindo prancha para ir para a água. A visibilidade dos banhistas à água estava restrita", disse a delegada Elen Souto, responsável pelas investigações da DDPA.
Relembre o caso
Edson Davi estava na praia da Barra da Tijuca, onde o pai trabalhava em uma barraca, quando sumiu no dia 4 de janeiro. Segundo o pai, eles chegaram ao local pela manhã. A ausência do filho foi sentida por volta das 16h50.
O pai relata que estava fechando a conta de alguns clientes quando percebeu que a criança não estava por perto. "Ele está acostumado a ir comigo para a barraca. Conhece todos os funcionários, é obediente. Não iria com estranhos. Mas não sabemos o que pode ter acontecido", testemunhou.
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O homem contou ainda que o garoto estava brincando ao lado da barraca, na areia, com duas crianças que aparentavam ter 7 anos.
"Sei que um gringo estava com duas crianças brincando de bola com ele [...] Ele [Edson Davi] se fazendo de goleiro. Nisso, eu atendendo um cliente, fechando conta, quando me dei conta de que meu filho sumiu. Eram 16h50, 17h, quando aconteceu", relatou o pai.
A família acredita que Edson Davi foi sequestrado. No entanto, a principal linha de investigação da Polícia Civil é de um possível afogamento.