Carro que atropelou mulher agredida em rua em Cascavel não poderia estar na rodando, diz Detran
As dívidas do carro com IPVA somam R$ 6,8 mil e impedem a emissão do licenciamento
O veículo usado no atropelamento e morte de Daiane de Jesus Oliveira, uma jovem de 28 anos que estava caída numa rua após briga em boate, no Paraná, não poderia trafegar, conforme o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR). As informações foram repassadas ao portal G1.
Na quarta-feira (31), o carro foi apreendido devido às dívidas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que somam R$ 6,8 mil e que impedem o licenciamento. A apreensão aconteceu após o caso do último domingo (28).
Na ocasião, Daiane foi atropelada e arrastada por 70 metros depois de ter sido agredida por seguranças de uma boate em Cascavel, no Paraná. Ela foi deixada no meio da rua.
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Além da apreensão do veículo, o motorista responsável pelo atropelamento foi ouvido pela polícia também na quarta. Ele informou que ouviu o impacto, mas pensou ter sido causado por um animal e deixou o local para evitar linchamento.
O delegado acrescentou que, em depoimento, o motorista disse ter descoberto o que aconteceu pela imprensa e negou ter ingerido bebida alcoólica. O motorista também relatou que estava dentro do limite de velocidade.
Conforme o andamento das investigações, o homem pode responder por homicídio culposo, com aumento de pena por omissão de socorro.
Relembre o caso
Daiane tentou entrar numa casa noturna sem a parte de cima da roupa e isso causou uma confusão na entrada da festa no domingo (28), conforme as informações da Polícia Militar repassadas ao G1. As imagens de segurança registraram o caso que aconteceu na madrugada.
Um homem com uma lanterna aparece às 4h32 e conversa coom a jovem, na calçada. Momentos depois, às 4h32, há um desentendimento e dois homens começam a agredir a jovem. Outras duas pessoas saem da boate, mas não interferem.
Após Daiane correr em diração a um objeto na rua, um homem avança e a segura. O outro a empurra e ela cai no chão onde fica deitada e sem receber ajuda.
Na sequência, às 4h34, o carro passa por cima da jovem mesmo com os gestos de algumas pessoas para o motorista parar.
Um dos seguranças envolvidos na agressão é um policial penal. Cinco testemunhas foram ouvidas pela polícia na segunda-feira (29).