Anvisa recebe pedido de uso emergencial de comprimido contra Covid-19 da Pfizer

Agência tem até 30 dias para analisar a solicitação do laboratório dos EUA

Escrito por Redação ,
Paxlovid pfizer
Legenda: Empresa informou que remédio reduziu em até 89% o número de hospitalizações
Foto: Pfizer/AFP

O pedido para uso emergencial do Paxlovid, medicamento da Pfizer contra a Covid-19, foi recebido nesta quarta-feira (16) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deu prazo de 30 dias para analisar a demanda da farmacêutica americana. 

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As primeiras 24 horas de análise servirão para que a Anvisa faça uma triagem do processo e verifique se os documentos necessários estão disponíveis. Na ausência de informações, o laboratório será contatado. 

“O prazo de avaliação para o uso emergencial e temporário de medicamento contra a covid-19 é de até 30 dias. A análise não considera o tempo do processo em status de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas feitas pela agência no processo”, explicou a Anvisa.

Efeitos

O Paxlovid (nirmatrelvir +ritonavir) é um comprimido antiviral que reduziu 89% o risco de hospitalização ou morte pela doença em pacientes adultos, segundo estudos da Pfizer. 

Diferentemente das vacinas, a pílula anticovid não atua na proteína 'spike' do coronavírus, que está em constante evolução sendo usada pelo vírus para invadir as células. Assim, teoricamente, estaria mais apta a enfrentar novas variantes. Segundo a Pfizer, estudos preliminares em laboratório respaldam esta hipótese.

O Paxlovid é uma combinação de uma nova molécula, o nirmatrelvir, com o ritonavir, o antiviral contra o HIV, tomados em comprimidos separados. O nirmatrelvir bloqueia a ação de uma enzima de que o vírus precisa para se replicar, enquanto o ritonavir retarda a degradação do nirmatrelvir para permanecer no corpo por mais tempo e em níveis mais elevados.

No entanto, a farmacêutica alerta que as vacinas contra a Covid-19 continuam indispensáveis para o controle da pandemia. “O fato de termos um tratamento não é de jeito nenhum razão para não tomarmos a vacina. Na verdade, devemos tomar a vacina”, disse o diretor da Pfizer Albert Bourla.

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