Anestesista que estuprou paciente impediu monitoramento dos seus sinais vitais, diz perícia
A suspeita é de que o objetivo tenha sido evitar que os outros colegas de equipe na sala de cirurgia notassem uma obstrução das vias aéreas da vítima, que estava sedada, pelo pênis do suspeito
Uma perícia revelada no domingo (4) pelo Fantástico revelou que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra desligou aparelhos de monitoramento de sinais vitais da paciente estuprada por ele durante um procedimento cirúrgico. O novo detalhe foi detectado em vídeo por uma câmera de celular.
A suspeita é de que o objetivo tenha sido evitar que os outros colegas de equipe na sala de cirurgia notassem uma obstrução das vias aéreas da vítima, que estava sedada, pelo pênis do suspeito. A sedação, inclusive, foi feita com sete aplicações de cetamina e propofol, que além de não serem indicadas para cesarianas, foram administrados de forma excessiva.
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O relatório da perícia divulgado pelo Fantástico aponta que no momento em que a mulher foi submetida a uma laqueadura após dar à luz, um alarme sonoro foi disparado, indicando uma queda da saturação de oxigênio da paciente. Logo em seguida, o alarme foi desativado por Giovanni.
“Além de sedá-la e não ofertar (...) máscara de oxigênio (...) ele ainda introduz o pênis, obstruindo total ou parcialmente sua via aérea", afirma a perícia.
As imagens do momento ainda mostram o anestesiologista testando o reflexo ciliar da vítima, colocando as mãos sobre os seus olhos. O rito é feito em anestesias gerais para identificar se a paciente está inconsciente.
Após o caso chegar às autoridades policiais, Giovanni Quintella Bezerra foi preso, mas teve a pena convertida em preventiva após audiência de custódia.