Advogada que envenenou ex-sogro e parentes marcou encontro amoroso um dia após crime, diz delegado
Amanda Partata Martoza se tornou ré por duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio.
A advogada Amanda Partata Mortoza, presa por suspeita de envenenar o ex-sogro e a mãe dele em Goiânia, teria marcado um encontro amoroso com outro homem um dia após o crime. A informação foi revelada pelo delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, que acredita que a mulher já estava em busca de um novo relacionamento e seria capaz de cometer outros crimes.
O homem com quem a mulher se encontraria seria médico, assim como o ex-namorado, Leonardo Pereira Alves Filho. As mortes do pai e da avó de Leonardo ocorreram no dia 17 de dezembro de 2023, enquanto o encontro estava marcado para o dia 18.
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A informação foi revelada pelo delegado em entrevista ao podcast 'Na Cena do Crime', ainda na quarta-feira, quando ele também relatou que outros cinco homens já reportaram comportamento semelhante de Amanda. Em vários casos, a advogada revelava uma gravidez inesperada, mas os homens haviam solicitado teste de DNA.
"Eles não eram tão bondosos a ponto de aceitar aquilo como verdade. Então, ela evoluiu a situação com a família que mais a acolheu", completou o delegado. Segundo Alfama, a mulher havia planejado que o caso do ex-sogro e da mãe dele fosse concluído como "morte natural". Amanda se tornou ré por duplo homicídio e dupla tentativa de homicídio.
"Eu acredito que estamos diante de uma pessoa que se não estivesse sido presa nessa situação, ela teria feito isso novamente com outras famílias, várias pessoas de bem", relatou o delegado.
Denúncia na Justiça
A denúncia sobre o caso foi oferecida pelo Ministério Público de Goiás e aceita pela Justiça. A decisão deste mês foi proferida pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva.
Amanda, inclusive, responderá presa, já que a prisão temporária foi convertida em preventiva pelo Tribunal de Justiça de Goiás. A denúncia aponta que ela teria utilizado meio insidioso para cometer o crime, utilizando motivo torpe e dissimulação.
A polícia acredita que ela cometeu o crime para afetar diretamente o ex-namorado, que havia respondido em mensagem pelo WhatsApp que tinha como maior medo o de perder a família.