Veja repercussão no mundo e no Brasil da desistência de Joe Biden de concorrer as eleições nos EUA
Políticos dos Estados Unidos, do Brasil e de outros países repercutiram a saída do presidente da corrida presidencial
O anúncio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que não irá concorrer a reeleição repercutiu entre aliados e adversários do democrata. As reações foram de críticas e pedidos de renúncia ao cargo até apoio e agradecimento à conduta de Biden.
A saída de Biden da corrida presidencial dos Estados Unidos — na qual está confirmada a candidatura republicana do ex-presidente Donald Trump — também repercutiu entre políticos brasileiros.
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Um dos primeiros a reagir foi o principal adversário de Biden, o ex-presidente Donald Trump. "Todos aqueles ao seu redor, incluindo o seu médico e a mídia, sabiam que ele não era capaz de ser presidente, e ele não era", disse.
Ele ainda disse que o país "sofreu muito" nos últimos quatro anos. "Remediaremos o dano que ele causou muito rapidamente. Faça a América Grande de Novo!", concluiu Trump.
Aliado de Trump, o presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Mike Johnson, pediu a renúncia de Biden. "Se Joe Biden não está apto para concorrer à Presidência, ele não está apto para servir como presidente. Ele deve renunciar ao cargo imediatamente", disse o republicano.
Os aliados democratas do presidente dos EUA foram no sentido inverso e elogiaram Biden após o anúncio.
Ex-presidente dos EUA, Barack Obama também manifestou seu apoio a Biden, a quem chamou de "um patriota do mais alto nível" e disse que a desistência foi uma "prova do amor pelo País". Biden foi vice-presidente dos EUA durante o Governo de Barack Obama.
"Para ele, olhar para o cenário político e decidir que deveria passar a tocha para um novo indicado é certamente uma das mais difíceis da sua vida. Mas eu sei que ele não tomaria essa decisão a menos que acreditasse que era o certo para a América", disse Obama.
Congressistas democratas também se manifestaram sobre a decisão do presidente. "Joe Biden não foi apenas um grande presidente e um grande líder legislativo, mas ele é um ser humano verdadeiramente incrível", escreveu o líder democrata no Senado dos EUA, Chuck Schumer. "Sua decisão, é claro, não foi fácil, mas ele mais uma vez colocou seu país, seu partido e nosso futuro em primeiro lugar", disse ele no X (antigo Twitter).
O líder do Partido Democrata na Câmara americana, Hakeem Jeffries chamou Biden de um dos "líderes mais talentosos e importantes da história americana".
Ex-presidente da Câmara, a também democrata Nancy Pelosi disse que Biden um "americano patriota que sempre colocou o nosso país em primeiro lugar".
Filha de Joe Biden, Naomi Biden elogiou o pai e destacou ele como "o presidente mais eficaz da história". "Nosso mundo é melhor hoje em muitos aspectos graças a ele. Aos americanos que sempre o apoiaram, mantenham a fé. Ele sempre terá o nosso apoio", disse.
Repercussão no Brasil
Políticos brasileiros também comentaram o anúncio de desistência de Joe Biden.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a decisão do presidente norte-americano foi uma "demonstração enorme de grandeza política".
"Política não é personalismo, mas, sim, serviço a favor das ideias e valores. Biden dá demonstração enorme de grandeza política ao compreender que os democratas precisam de um fato novo para enfrentar o conservadorismo extremista que ameaça o mundo", disse.
Líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT) seguiu linha semelhante. Ele afirmou que a desistência de Biden é "um gesto de grandeza em defesa da democracia e dos direitos humanos" que "entrará para a história dos Estados Unidos".
Chefe da assessoria especial da Presidência da República e ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim comentou sobre a possível escolha democrata para substituir Joe Biden na corrida presidencial.
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"Claro que a gente tem simpatia pela Kamala Harris, mas é o povo americano que decide", disse. "Não vou falar muito sobre política americana porque não gosto muito quando falam de política brasileira", completou o ex-chanceler.