Presidente do Peru, Dina Boluarte é alvo de busca em investigação sobre enriquecimento ilícito
Suspeita surgiu após o uso de relógios Rolex que não foram declarados no patrimônio da chefe de estado
Dina Boluarte, presidente do Peru, foi alvo de uma operação de busca ligada à investigação das forças de segurança do País, na madrugada deste sábado (30), por suposto enriquecimento ilícito. As suspeitas surgiram pelo uso de relógios Rolex que não foram declarados no patrimônio da presidente. As informações são do jornal O Globo.
Cerca de 40 agentes e promotores participaram da ação na residência de Dina, conforme um documento da polícia. Os relógios foram apreendidos na operação. A presidente é investigada desde o dia 18 de março por omitir declarações em documentos públicos.
A situação veio à tona após um material jornalístico produzido no Peru denunciar a suposta coleção de relógios de luxo que não foi registrada por Dina. Após as informações, o Ministério Público e a polícia começaram a investigar.
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A ação foi registrada pela mídia local que mostrou os agentes cercando e criando uma barreira ao redor da casa da presidente.
O Supremo Tribunal de Investigações Preparatórios autorizou a intervenção, que foi realizada após o Ministério Público negar que a presidente pedisse o reagendamento de uma diligência na qual explicaria sobre os relógios.
Caso a presidente seja acusada, a constituição peruana não permite que ela seja julgada até julho de 2026, quando termina o atual mandato.
Repercussão do caso
A presidente peruana não estava em casa durante a operação, de acordo com a imprensa local, e não há informações divulgadas sobre onde ela estava no momento. A mandatária ainda não se manifestou sobre a situação.
Antes disso, Dina comentou que a reportagem era sobre um relógio antigo, resultado do esforço que ela tem desde quando começou a trabalhar aos 18 anos. "Entrei no Palácio do Governo com as mãos limpas e sairei com as mãos limpas, como prometi ao povo peruano", frisou na última semana.
A Controladoria da República divulgou que deve rever as declarações patrimoniais que a presidente apresentou nos últimos dois anos em busca de eventual desequilíbrio patrimonial.