Conheça os candidatos potenciais a substituir Theresa May no Reino Unido

Cargo da primeira-ministra britânica está por um fio

Escrito por AFP ,
Legenda: Após ter seu acordo para o Brexit rejeitado pelo Parlamento britânico três vezes, Theresa May está na corda bamba
Foto: AFP

A terceira derrota do acordo do Brexit negociado com Bruxelas por Theresa May significa que o cargo da primeira-ministra britânica está novamente por um fio - agora talvez pela última vez. Estes são alguns dos seus possíveis sucessores dentro do Partido Conservador:

>Britânicos pedem para sair da União Europeia; franceses lançam o "Frexit"

Legenda: No alto, da esquerda para direita: David Lidington, Dominic Raab, Boris Johnson; embaixo, da esquerda para direita: Michael Gove, Sajid Javid e Jeremy Hunt

Boris Johnson

O ex-prefeito de Londres foi um dos artífices da vitória do Brexit no referendo de 2016. Nomeado ministro das Relações Exteriores imediatamente depois por May, ele frequentemente critica sua estratégia em negociar com Bruxelas e acabou renunciando em julho para se tornar um de seus mais ferozes rivais. Carismático, popular e politicamente hábil, "Bojo", de 54 anos, divide opiniões dentro do partido conservadora. Ele continua sendo o favorito das casas de apostas britânicas.

Michael Gove  
Ministro do Meio Ambiente e inimigo dos plásticos descartáveis, este eurocético de 51 anos de idade, o braço direito de Boris Johnson durante a campanha do referendo, é um dos mais fortes defensores do Brexit no governo May. Mas quando se trata de entrar na corrida pela liderança, isso poderá lhe custar a sua pouco vantajosa reputação de traidor dos seus amigos políticos.

Dominic Raab

Fervoroso defensor da saída da UE, este ex-advogado especializado em direito internacional, foi brevemente ministro do Brexit entre julho e novembro. Eurocético, pediu demissão por não concordar com o texto negociado por May com a UE, que considera "ruim para nossa economia e nossa democracia".

Jeremy Hunt
O ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, de 52 anos, defendeu a permanência na UE em 2016, antes de mudar de ideia, decepcionado com a atitude "arrogante" de Bruxelas nas negociações. O ex-empresário fala japonês fluentemente e forjou uma reputação como uma pessoa que não tem medo de desafios, tendo presidido durante seis anos o Serviço Nacional de Saúde (NHS), em uma crise profunda.

Sajid Javid  
Ex-banqueiro de negócios e filho de um motorista de ônibus paquistanês, o ministro do Interior, Sajid Javid, de 49 anps, representa um Reino Unido moderno e multicultural além de ser uma personalidade influente do partido conservador. Nomeado em abril de 2018 como ministro do Interior, ele ganhou respeito por lidar com um escândalo sobre o tratamento dos filhos de imigrantes caribenhos conhecidos como a geração Windrush. É partidário do thatcherismo e do livre-comércio, mas apesar de ter sido eurocético se pronunciou contra o Brexit no referendo de 2016. 

Amber Rudd
Eleita deputada em 2010 depois de uma carreira em finanças e no jornalismo econômico, acompanhou May em sua ascensão ao poder. O apoio rendeu frutos: primeiro a pasta do Interior e, em seguida, a do Trabalho. Com uma reputação de trabalhadora e eficaz, Amber Rudd, 55 anos, foi eleita "Ministra do Ano em 2015" pela revista conservadora The Spectator por seu trabalho na chefia do Ministério da Energia. O ponto fraco é a sua reputação de pró-europeia.

Os "outsiders"
O deputado Jacob Rees-Mogg, de 49 anos, é o líder dos conservadores eurocéticos e, como tal, uma figura muito influente. Com um modo de falar excepcionalmente formal, ele tem um sucesso incomum nas redes sociais. Ele declarou seu apoio a Johnson.

Andrea Leadsom, 55, foi o braço direito de May na corrida de 2016 para substituir David Cameron. Ela é a representante do governo na Câmara dos Comuns e uma forte defensora do Brexit.

Outros candidatos potenciais incluem a ministra do Desenvolvimento Internacional, Penny Mordaunt; o número dois de Downing Street, David Lidington; o ex-ministro do Brexit, David Davis; o procurador-geral Geoffrey Cox e o ministro das Finanças, Philip Hammond.