Proteção da CoronaVac em pessoas com comorbidades é superior a 90%, indica estudo

Pesquisa avalia 5 mil voluntários imunizados em Manaus

Legenda: Outro indicador relevante do estudo é que, entre os vacinados, 91% apresentaram anticorpos detectáveis após tomarem a 1ª dose, e 99,8% após a 2ª dose
Foto: Thiago Gadelha / SVM

A vacina CoronaVac tem efetividade superior a 97% contra infecções, hospitalizações, internações em UTI e mortes por Covid-19 em pessoas com comorbidades. O índice integra os resultados preliminares do estudo "CovacManaus", realizado na capital amazonense.

A proteção contra a doença garantida pela vacina é superior a 90% em pessoas com comorbidades.

As informações foram divulgadas, nesta quinta-feira (16), pelo Instituto Butantan — fabricante do imunizante no Brasil. A pesquisa foca no impacto da imunização para a prevenção do agravamento da doença em quem possui comorbidades

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Para o levantamento, estão sendo acompanhados 5 mil profissionais de Educação e da Segurança Pública da rede estadual de Manaus, com idade entre 18 e 49 anos. 

Do total de voluntários vacinados, 2,6% tiveram infecções causadas pelo novo coronavírus. O índice de internações foi de somente 0,1%, e o de admissões em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) foi de 0,04%.

Houve um óbito. Entre os imunizados, 91% apresentaram anticorpos detectáveis após tomarem a 1ª dose, e 99,8% após a 2ª dose. 

Próximas etapas do estudo 

O médico infectologista Marcus Lacerda, coordenador da pesquisa, comemorou os resultados. “É importante lembrar que a população vacinada no estudo é de pessoas que apresentam comorbidades, portanto esperávamos uma quantidade maior de infectados, hospitalizados e óbitos entre esses mais de 5 mil participantes", observou. 

O estudo já finalizou seis meses de acompanhamento e agora entra na fase de monitoramento.

De acordo com Marcus, o próximo passo é a coleta de exames. Nesta etapa, poderão ser observado se há a necessidade de fazer reforço vacina neste público, por exemplo.