A fabricante da vacina Jynneos contra a mpox, Bavarian Nordic, solicitou autorização à Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) para a aplicação da dose também em adolescentes de 12 a 17 anos. Atualmente, a recomendação é que o imunizante seja aplicado apenas em pessoas com idade igual ou superior a 18 anos. As informações são da Agência Brasil.
Para embasar a solicitação, a empresa utilizou os resultados preliminares de um estudo encomendado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NHI, na sigla em inglês) e pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas também dos Estados Unidos, conduzido em 315 adolescentes com idades entre 12 e 17 anos e entre 211 adultos com idade igual ou superior a 18 anos.
Segundo a Bavarian Nordic, os dados indicam que a vacina é igualmente eficaz entre adolescentes e entre adultos, com perfil de segurança semelhante em ambos os grupos após vacinação com duas doses-padrão. No pedido enviado à EMA, a empresa pede autorização para que a dose possa ser aplicada em adolescentes de 12 a 17 anos.
“Embora seja atualmente indicada apenas para adultos com 18 anos ou mais, a vacina já recebeu autorização de uso emergencial em adolescentes, pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), durante a emergência global por mpox em 2022”, informou o fabricante em nota.
Aplicação da vacina mpox em crianças
Ainda no comunicado, a Bavarian Nordic revelou que também pretende realizar um ensaio clínico para avaliar a imunogenicidade e segurança do imunizante em crianças de 2 a 12 anos. “O objetivo é ampliar ainda mais a indicação da vacina às populações mais jovens”, detalhou a nota.
Na quinta-feira (15), o Ministério da Saúde informou que negocia, junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a aquisição emergencial de 25 mil doses da vacina Jynneos para o Brasil.
“A vacina Jynneos é de um produtor nórdico e tem uma produção pequena. Há insuficiência no mercado internacional”, afirmou a secretária de Vigilância em Saúde do ministério, Ethel Maciel. “Neste momento, estamos negociando com a Opas um processo de compra. Para que, além daquelas pessoas que já vacinamos, ter uma reserva no Brasil”, completou.
Casos no Ceará
O Ceará confirmou 13 pacientes diagnosticados com mpox neste ano, segundo o monitoramento mais atual da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). A doença foi considerada emergência em saúde pública de importância internacional, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta semana.
Há algumas semanas, a doença voltou a gerar alerta no Brasil e no mundo, diante do aumento de casos. O registro mais recente de Mpox no Ceará foi feito em maio – a maioria dos pacientes é formada por homens, de 20 a 45 anos. Os demais dados, sobre idade e localização dos casos, ainda serão atualizados pela Secretaria da Saúde.