Astrônomos indicam que essas estrelas primordiais eram dezenas ou centenas de vezes mais massivas que o Sol
Um grupo de cientistas descobriu e revelou nesta quarta-feira (3) "impressões digitais" que restaram da explosão das primeiras estrelas do Universo. Os astrônomos observaram os conjuntos por meio dos telescópios VLT (Very Large Telescope, em inglês) — ou telescópio muito grande em tradução livre —.
Foram descobertas três nuvens de gás distantes, nas quais a composição química corresponde à esperada das primeiras explosões estrelares. As informações são do portal g1.
Para chegar ao resultado, os cientistas usaram quasares, fontes de luz brilhantes alimentadas por buracos negros supermassivos no coração de galáxias de distantes.
À medida que a luz de um quasar viaja pelo espaço, ela perpassa nuvens de gás nas quais diferentes elementos químicos deixaram marcas de luz. Cada conjunto deixa uma marca diferente de "riscas", o que possibilita a diferenciação.
"A nossa descoberta abre novos caminhos no estudo indireto da natureza das primeiras estrelas, complementando plenamente os estudos de estrelas da nossa galáxia", diz Stefania Salvadori, professora da Universidade de Florença e coautora do estudo na revista científica Astrophysical Journal.
Segundo os astrônomos, a indicação é que essas estrelas primordiais eram dezenas ou centenas de vezes mais massivas que o Sol. Elas morreram rapidamente durante poderosas explosões.
Há cerca de 13,5 mil milhões de anos, essas estrelas continham somente elementos químicos simples como hidrogênio e hélio, o que deixava elas vulneráveis.
Com essa descoberta, é esperado que os cientistas tragam novas perspectivas sobre astros no futuro.
"[...] poderemos estudar com um detalhe extremo muitas destas nuvens raras de gás, conseguindo finalmente desvendar a natureza misteriosa das estrelas primordiais", indica a investigadora no Instituto Nacional de Astrofísica na Itália
Valentina D'Odorico.