Benefícios da quiropraxia

Saiba mais sobre essa especialidade da fisioterapia que tanto pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas sem o uso de remédios.

Legenda: “A quiropraxia, além de tratar, é conveniente para a prevenção de doenças funcionais, gerando conforto ao funcionário e incríveis benefícios à empresa, que passa a ter um profissional saudável por muito mais tempo”, indica o fisioterapeuta Daniel Botelho (foto acima).
Foto: Jefferson Javilaski/ Divulgação

A quiropraxia pode beneficiar crianças, adolescentes, adultos, idosos, gestantes, pessoas lesionadas e atletas, afirma o fisioterapeuta Daniel Botelho, proprietário da clínica Doutor Coluna (@clinicadoutorcoluna), em Fortaleza. “A quiropraxia é uma especialidade dedicada a diagnóstico, tratamento e prevenção de disfunções do sistema músculo-esquelético, das articulações, das vértebras, dos nervos e das vísceras, enfatizando o poder natural do corpo para curar a si mesmo (homeostase). A quiropraxia promove ações terapêuticas visando melhoras, alívio e mobilidade”, explica o fisioterapeuta Mário Amorim (@mariomunizamorim), que é também professor universitário, palestrante, Diretor Proprietário do Instituto Mário Amorim e Diretor Chefe responsável pela fisioterapia da Confederação Brasileira de Jiu-jitsu, fisioterapeuta do cantor Wesley Safadão, entre outras ocupações.

Mais qualidade de vida
O fisioterapeuta Daniel Botelho lembra que a quiropraxia evita ao máximo o uso de medicamentos e cirurgias, atuando sobretudo por meio do manuseio corporal do paciente. “O profissional ajusta, alinha e estabiliza as estruturas anatômicas. Trata-se de uma das terapias manuais mais utilizadas e que dá enfoque na manutenção e na restauração da saúde, estabelecendo uma relação entre a estrutura (corpo) e a função (desempenho). Mais especificamente, se os impulsos (função) que partem do sistema nervoso e passam pela coluna vertebral estão ocorrendo adequadamente até chegarem aos sistemas muscular e esquelético (estrutura)”, descreve Daniel Botelho.

A prática é capaz de corrigir as disfunções do corpo e aliviar dores. Dentre elas, Daniel Botelho cita a diminuição da dor, um amplo relaxamento, a melhora na mobilidade e o alinhamento do corpo. “Outro benefício importante é que o paciente passa a ter mais consciência corporal e aprende técnicas que pode aplicar no seu dia a dia, de forma a proteger seu sistema espinhal de futuras lesões. A quiropraxia, além de tratar, é conveniente para a prevenção de doenças funcionais, gerando conforto ao funcionário e incríveis benefícios à empresa, que passa a ter um profissional saudável por muito mais tempo”, completa o fisioterapeuta.

Como acontece
Quando uma pessoa vai a um fisioterapeuta quiropraxista, conta Mário Amorim, primeiramente é realizada uma consulta ou avaliação global, que depois é segmentada. São realizados, então, vários testes e avaliações para determinar o problema e sua causa, podendo ser realizados ou solicitados exames, completa. Ele diz que o número de atendimentos necessários depende do diagnóstico e do plano de tratamento traçado pelo fisioterapeuta quiropraxista, variando também de acordo com a dor e sua localização.

Os tratamentos são constituídos de técnicas de ajustes biomecânicos precisos, indica Daniel Botelho. “Não são exercícios, são técnicas de ajustes que consistem em movimentos rápidos e precisos sobre a vértebra subluxada (ver quadro ao lado), com a finalidade de corrigir a subluxação vertebral, restaurando a função articular. Essas técnicas não podem ser feitas sozinhas ou em você mesmo. As manipulações podem ser feitas em várias posições como deitada, sentada e até mesmo em pé, depende de qual técnica será utilizada. Os ajustes são totalmente seguros e indolores”, esclarece o profissional.

Legenda: Mário Amorim (de branco na foto), atendendo o cantor Wesley Safadão: o número de atendimentos necessários depende do diagnóstico e do plano de tratamento traçado pelo fisioterapeuta quiropraxista, variando também de acordo com a dor e sua localização.
Foto: Divulgação

Quem procurar
Se alguém deseja e/ou precisa de um tratamento de quiropraxia, deve procurar um profissional qualificado, fisioterapeuta especialista, orienta Mário Amorim. “Procure saber do currículo para não cair em mãos de pessoas que se dizem quiropraxistas sem ser e sem poder atuar legalmente. Procure informações no Conselho e no Sindicato dos Fisioterapeutas sobre os profissionais qualificados e os locais onde atuam. Cuidado com propagandas na internet e divulgações milagrosas”, recomenda o responsável pela fisioterapia da Confederação Brasileira de Jiu-jitsu.

Saiba mais
De acordo com a quiropraxia, ocorrem subluxações entre as vértebras — mínimos desalinhamentos da coluna que são muito pequenos para configurar uma luxação — que podem gerar consequências neurofisiológicas, denominadas “complexo de subluxação vertebral”. Ou seja, aquela dor nas costas, assimetria corporal ou falta de flexibilidade podem ser resultado de pequenos desajustes vertebrais. A quiropraxia recorre ao manuseio corporal para ajustar ou tratar alterações relacionadas aos sistemas nervoso, muscular ou vertebral — geralmente de forma interligada —, sem o uso de medicamentos e evitando, sempre que possível, os procedimentos cirúrgicos.
Fonte: Fisioterapeuta Daniel Botelho, conhecido como Doutor Coluna.

Atenção
A quiropraxia é uma especialidade da fisioterapia. Então, para ser um profissional quiropraxista no Brasil a pessoa deve cursar fisioterapia e depois se especializar. Qualquer outro profissional não pode por lei atualmente ser quiropraxista. Em poucos países a quiropraxia é uma profissão regulamentada. No Brasil, não é. Existem alguns profissionais que não são fisioterapeutas atuando como quiropraxistas, sob efeito judicial, querendo ter o direito de atuar legalmente, mas já perderam na primeira e na segunda instância e recorreram para a última instância.
Fonte: Mário Amorim, fisioterapeuta especialista em quiropraxia, Presidente do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Estado do Ceará, palestrante, professor universitário e Diretor chefe responsável pela fisioterapia da Confederação Brasileira de Jiu-jitsu.