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Após Sérgio Reis, humorista Batoré defende fechamento do STF em vídeo

Na gravação de 2019, ator diz que militares deveriam ter ocupado o órgão

Escrito por Redação ,
Personagem Batoré
Legenda: Batoré faleceu na última segunda-feira (10) em São Paulo, aos 61 anos
Foto: Divulgação TV Record

Após a repercussão do caso envolvendo o cantor Sérgio Reis, alvo de uma operação da Polícia Federal por críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a circular nas redes sociais um video do ator Ivanildo Gomes Nogueira - conhecido por seu personagem Batoré - em que ele pede o fim da Corte. 

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Vídeo Batoré

Nas imagens, gravadas no ano de 2019, Batoré defende o fechamento do STF, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Ele alega que os militares deveriam ter ocupado essas cadeiras, e não apenas a Presidência da República, em referência a Bolsonaro. 

"Vocês deveriam ter consciência de que esse país não é de vocês. Se nós mudamos a presidência é porque a gente viu que tinha muitos bandidos e que precisava de um militar. Mas, depois de tudo isso, nós temos a consciência de que militar não faltava só na cadeira do presidente: falta no STF, na Câmara dos Deputados e no Senado. O desejo de todos os brasileiros é que o presidente feche as portas dessas três casas, porque não têm trazido benefício nenhum para o nosso país", diz no vídeo.

O humorista ainda questiona a integridade dos órgãos citados. "Vocês não têm mais a idade que acham que têm. A idade que têm era pra ter vergonha na cara, hombridade, decência, integridade e representar este país da forma que ele merece".

Sérgio Reis

O video do ator vem à tona uma semana depois que o cantor e ex-deputado Sérgio Reis foi apontado como mentor da convocação de uma greve nacional de caminhoneiros, assim como de ataques ao STF. O assunto ganhou repercussão após vazamento de áudio e um vídeo de Reis.

O seranejo afirma no áudio: "Se em 30 dias não tirarem os caras (os ministros do STF) nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria." 

As declarações foram repudiadas por políticos de diferentes orientações ideológicas. Líderes dos caminhoneiros disseram que o cantor não os representa.

"Nós vamos parar 72 horas. Se não fizer nada, nas próximas 72 horas, ninguém anda no País, não vai ter nem caminhão para trazer feijão para vocês aqui dentro", disse Reis em uma reunião, em Brasília, com representantes do agronegócio, sentado ao lado do presidente da Aprosoja, Antonio Galvan.

Investigação

A pedido do Ministério Público Federal no Distrito Federal, o sertanejo virou alvo de inquérito por ameaça. Na última sexta-feira (20), ele foi alvo de mandados de busca e apreensão por parte da Polícia Federal, expedidos pelo STF. 

A medida visa apurar se Sérgio Reis "cometeu crime de incitar a população a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes", diz a PF.