Número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos cresce 8,8%

Escrito por Folhapress ,

O número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos cresceu 8,8% -para 290,7 mil- de 2006 a 2010 no Brasil. No período, elas representavam 5,2% do total de 5,6 milhões de instituições públicas e privadas, lucrativas ou não, espalhadas pelo país.

 
O diagnóstico consta do estudo Perfil das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos 2010 divulgado na manhã de hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e inclui organizações privadas, sem fins lucrativos, institucionalizadas, autoadministradas e voluntárias.

A maior parte das instituições, 44,2% (ou 128.619), está localizada na região Sudeste. São Paulo é o Estado que mais tem fundações privadas e associações sem fins lucrativos. São 59.586 (ou 20,5%) entre os Estados. É também onde estão as instituições mais antigas, as que mais empregam e que melhor pagam.

No Brasil, o conjunto de instituições voltado para para a defesa de direitos e interesse dos cidadãos é a maior parte (30,1%). Porém, se analisado por item, as instituições religiosas somam 28,5% do total e tornam-se maioria.
De acordo com o estudo, o boom de fundações e associações pesquisadas ocorreu entre 2001 a 2010. No período, surgiram 118.653 instituições (ou 40,8% do total). A segunda maior parte, 31% (ou 90.079) nasceu entre 1991 e 2000.

Em 2010, elas empregavam 4,9% dos trabalhadores brasileiros, o que representa um contingente de 2,1 milhões de pessoas. As fundações privadas e associações sem fins lucrativos mais velhas (criadas até 1980) têm o maior percentual de gente ocupada, 47,3%.

A maior parte dos empregados não tem nível superior e a maioria é mulher (62,9%). O salário médio pago por essas instituições era de R$ 1.667,05 em 2010. Os homens recebiam mais do que as mulheres. A média era de 3,9 salários mínimos para eles contra 2,9 salários mínimos para elas.

No período analisado, foram criados 292,6 mil novos empregos, o que elevou o número médio de empregados por instituições de 6,9 pessoas em 2006 para 7,3 pessoas em 2010, segundo o estudo do IBGE.