Protagonismo da violência

Confira a coluna desta terça-feira (18) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: A Arena Castelão registrou uma briga de torcedores do Ceará nas arquibancadas
Foto: Thiago Gadelha / SVM

Os acontecimentos gerados pela violência no Castelão, domingo passado, continuam repercutindo, onde o futebol é assunto.

O ocorrido, bem sabemos, foi apenas a continuação de situação parecida no mesmo estádio, quando da falta de energia em jogo do Fortaleza.

Inadmissível o futebol como descarga social ou emocional, a ponto de tornar as pessoas fanáticas e incrivelmente violentas.

Estudos psicossociais e de antropologia mostram que o futebol tem o valor de sublimar instintos e não de transformar o ato de torcer em enfermidade.

O caráter lúdico da modalidade está totalmente abandonado, em favor de um comportamento bélico até mesmo entre torcedores de um mesmo time.

Futebol já não ampara o que disse o escritor Albert Camus: "O que aprendi sobre moralidade foi no futebol".

Hoje, está provado que as tensões exacerbadas dentro de campo foram sendo transferidas para as arquibancadas. É proibido perder.

O comportamento selvagem de torcedores tem se espalhado pelo Mundo, conduzido pelo ato de macaquear do homem.

Estamos doentes.

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