O companheiro Antero Neto foi quem lembrou: o comportamento do Ceará, na vitória contra o Bahia, por 2 X 0, se assemelhou ao modelo posto em prática na conquista da Copa do Nordeste.
Na primeira etapa, principalmente, o alvinegro marcou a saída de bola do time baiano e espalhou o nível de combate para todos os setores de campo.
Atacava mais com Leandro Carvalho, pelo lado esquerdo e, buscava, com Vina, as manobras de aproximação, com Cléber.
O meio-campo campo, com William Oliveira, Charles e Fernando Sobral, fez um trabalho de sustentação na captura da bola, e o setor de defesa esteve absoluto no domínio das ações do Bahia.
O problema do Ceará continua no setor da carpintaria: todo mundo é bom de luta, mas peca no trabalho de refinar as jogadas.
Vina tem características ofensivas e Fernando Sobral precisa ser mais competente na elaboração do passe, condição indispensável para quem joga no setor de imaginação.
Um gol de Cléber, de cabeça, deu ao Ceará a frágil vantagem, numa etapa onde o primordial foi anular o adversário.
Defesa marcada no inicio da jogada, meio-campo desconectado de um ataque – Rossi, Gilberto e Élber- morto por inanição, foi o retrato do time de Roger Machado.
Na segunda etapa, o Ceará fez entrar Sóbis no lugar de Cléber e, no Bahia, Danielzinho, meia-atacante, substituiu um jogador de meio-campo, Gregore.
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O tricolor atacou mais, finalizou mais e o Ceará aceitou, embora com ótima situação para o contra-ataque.
Situação de reação, somente aos 26 minutos, quando Gabriel finalizou em dois tempos e o goleiro Anderson defendeu, após cobrança de escanteio.
Na renovação do “estoque”, Guto Ferreira fez entrar Mateus Gonçalves, que aproveitou um raro bom lançamento de Fernando Sobral para encerrar a missa dos baianos no jogo.
De barato, Sóbis ainda acertou uma bola na trave do Bahia.
Com as bênção de todos os santos, o triunfo que faltava.