Sob o inferno dos resultados, a seleção brasileira não consegue conversar com si própria.
Diante de um adversário que usou das faltas cometidas (uma atrás da outra) para interromper o jogo, o time brasileiro ficou ansioso e foi se afastando das boas ideias.
Os que acham que se resolve em futebol com ato de tirar e botar jogadores devem estar convencidos de que não é, apenas, por aí.
Endrick, cuja presença no time foi implorada para o jogo contra o Paraguai, por meio mundo, mal pegou na bola.
Não é, também, mudando-se de treinador, a cada fase ruim, que se vai fazer a seleção acertar o passo.
É preciso saber a que se destina a nossa seleção.
Selecionar jogadores em diferentes períodos, juntá-los e treiná-los rapidamente e almejar bons resultados de forma instantânea?
Se o objetivo é a Copa do Mundo, daqui a dois anos, não é com o desespero que as coisas vão funcionar.
A situação em torno da seleção chegou a um ponto em que um enorme contingente abraça o resultadismo como única coisa existente do futebol.
Sem calma nessa hora, tudo pode piorar.
Ainda mais quando se tem uma CBF no comando.