Vejam se não foi um castigo programado: um gol no final do primeiro tempo, outros dois aos treze e quarenta e cinco do segundo tempo.
Na etapa inicial, o Ceará foi um pouco melhor, porque atacou mais e teve chance de abrir a contagem, e por pouca coisa saiu derrotado.
No alvo, o garoto Kennedy completou um passe magistral de Nenê, logo ele que havia perdido de forma patética a primeira chance de marcar.
Começou aí a ação cirúgica de um Fluminense de bem com a vida, sem alvoroço, elaborando pouco com a tranquilidade de quem está com o boi na sombra.
O time do Marcão não foi ofensivo e ainda deu espaços para contra-ataques do Ceará, cujo núcleo de criação - Charles, Sobral e Vina - ofereceu poucas situações criativas.
Restou a exploração de Léo Chu pela esquerda, de pouca eficiência.
Quando o Ceará voltou para o segundo tempo com Vizeu e Wescley (entrou bem no jogo) no ataque, ganhou volúpia e poderia ter empatado.
Em vez disso, levou o segundo gol em novo passe de categoria de Nenê para Egídio cruzar e Martinelli completar.
A penalidade sofrida por Vina (melhorou no segundo tempo) e convertida por ele, renovou esperanças de um empate, sepultadas por um gol de Samuel para encerrar os trabalhos.
O Ceará lutou, se desesperou e o Fluminense, tal qual um verdugo, o executou com a sentença dos gols.
Enquanto o alvinegro estertorava, o Tricolor carioca marcava.
Nenê foi decisivo no jogo pelo poder do seu passe maravilhoso em dois momentos.
Foi isso.