Fernando Diniz e seus dois trabalhos

Confira a coluna desta quarta-feira (5) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Apesar da lanterna do Brasileirão, o Fluminense está nas oitavas de final da Copa do Brasil e da Libertadores
Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense

A CBF criou uma situação complexa em torno do treinador da Seleção Brasileira, pós-Tite.

Depois de anunciar Ancelotti, técnico do Real Madrid, resolve que Fernando Diniz, treinador do Fluminense, vai "fazer a preliminar" para o italiano.

Claro, Diniz é uma boa escolha. Não se trata de nenhum outsider.

Ocorre que o escolhido vai continuar treinando o seu clube e, quando a seleção precisar, assume o cargo.

Na hora da convocação, certamente que situação de Diniz não será tranquila.

Se demonstrar preferência excessiva por jogadores do time que orienta, vai enfrentar uma barra.

Se não fizer isso, certamente será amaldiçoado por parte dos tricolores do Rio.

Outra coisa: em nenhum momento, se ouviu declaração de Ancelotti de que está tudo acertado e sacramentado.

Tudo indica que sim. Só que apenas um lado fez "juras de amor". Isso é se apequenar.

A propósito, treinadores de grandes times do Mundo não demonstram paixão imorredoura por dirigir seleções. Seus times já são seleções.

Com relação ao tempo suficiente para que um técnico estruture nosso escrete, informamos às almas mais aflitas que Feola, em 58, e Zagalo, em 70, precisaram de pouco mais de três meses para isso

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