Na verdade, não dá vontade de comentar coisa nenhuma, depois dos acontecimentos deploráveis no Castelão, em torno de Ceará 1 Cuiabá 1.
Revoltados com a abertura de placar por parte do Cuiabá, torcedores se engalfinharam em brigas e iniciaram um quebra-quebra de cadeiras usadas como armas.
Não se ligaram mais no jogo, nem sequer acompanharam o gol de empate através de Jô.
O pânico de instalou em boa parte das arquibancadas. Torcedores, entre os quais mulheres e crianças, se refugiaram no campo de jogo.
Jogadores foram caçados por exaltados torcedores, que pediam satisfações. Muitos buscaram os vestiários.
Uma volta do homem selvagem em toda sua plenitude. Uma vergonha.
Quanto ao jogo, diríamos que, com formulações táticas mais defensivas, as soluções técnicas e individuais inexistiram.
Com isso, os dois times se alijaram em um comportamento nervoso.
Duas finalizações razoáveis de Lima para o gol. Foi tudo que o Ceará obteve no primeiro tempo.
Na segunda etapa, a expulsão de Ígor Cariús modificou inteiramente o desenrolar do jogo.
O Ceará tirou do banco Vina e Cléber, substituindo inclusive, um zagueiro, Gabriel Lacerda.
A pressão do alvinegro levou a disputa toda para o campo de defesa do Cuiabá.
Mas,a falta de lucidez, presente nos momentos de futebol desesperado, só deu de saldo ao alvinegro uma bola na trave, através de Mendonza. Na volta da redonda, Cléber chutou para fora.
O pior aconteceu aos 37 minutos, quando Richardson, ao tentar atrasar bola para João Ricardo, colocou nos pés de Deyverson, que abriu a contagem para o Cuiabá.
Já aos 47 minutos, com a violência campeando nas arquibancadas, Jô empatou o jogo.
Méritos para Cléber e, principalmente, Mendoza, que disputaram bola lançada na área em cobrança de escanteio.
O empate deixou o Ceará distanciado, com os mesmos três pontos da zona de rebaixamento.
Menos mal.
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