Sem nenhum ufanismo ou “já ganhou”, o título do comentário tem a ver com os acontecimentos que permearam a vitória do Ceará, de virada, sobre o Bahia por 3 a 1, pelas finais da Copa do Nordeste.
Em primeiro lugar, a partida foi apreciável, apesar das preocupações dos dois times com o aspecto de marcação e duelo de setores.Não teve movimentação truncada, cheia de faltas e imperfeições, tão comuns no futebol pós-pandemia.
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Em segundo lugar, o alvinegro teve maior compulsão para atacar, baseado no vigor e eficiência. Dois dos seus gols surgiram em bolas lançadas pelo goleiro Prass: o primeiro, de Fernando Sobral, e o terceiro, de Mattheus Gonçalves.
Um time que marcha para uma conquista conta com esses incríveis “comunicados” metafísicos.
No jogo das configurações táticas, o Guto Ferreira foi mais competente, ao colocar Leandro Carvalho pela esquerda, inibindo qualquer plano de João Pedro sair para o jogo.
Na direita, Fernando Sobral fez um papel de circulador, operando por outros espaços, anulou a jogada de apoio de Capixaba, constituindo-se no grande destaque do jogo.
Vinicius, por dentro, vindo de trás, e Cléber, sem dar paz aos zagueiros Lucas e Juninho, até marcando um bonito gol, foi peça importante.
Os laterais Samuel e Bruno Pacheco tiveram papel moderado, priorizando a marcação.
Os setores de meio campo e defesa foram firmes e atentos, diminuindo as ações de Élber, outro trunfo do Bahia.
Na segunda etapa, depois de marcar o segundo gol, com Cléber, o Ceará segurou o balanço, sem nenhuma ideia de abrir concessão para ser atacado pelo Bahia.
Deu mais fôlego ao meio-campo, com a entrada de William Oliveira, e escalou Mattheus Gonçalves, no lugar de Leandro Carvalho, para sustentar o incômodo causado no lado direito da defesa baiana.
O Bahia estrebuchou tirando Gregore, do meio- campo, colocando Rossi e, ainda apelou para Danielzinho, reforçando o ataque.
Não deu e o tricolor da Boa Terra vergou-se a um resultado que, nem de longe, imaginava ter que engolir.
O Ceará tem grande vantagem para o segundo e decisivo jogo.
Nenhuma vantagem pode ser rejeitada em futebol, mas é preciso saber tratá-la com estratégias seguras.
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