Alternância de jogo, o forte do Ceará

Confira a coluna desta segunda-feira (23) do comentarista Wilton Bezerra

Legenda: Ceará e Fortaleza empataram os respectivos jogos pela 17ª rodada da Série A
Foto: Fabiane de Paula / SVM e Leonardo Moreira / FEC

Enfrentar um Flamengo ofensivo, rápido e habilidoso exigiu do Ceará uma forte marcação, com uma linha de quatro e uma “barra de aço” com William Oliveira e Fernando Sobral.

Lima, Vina, Rick e Cléber ajudavam no bloqueio mas sabiam que era preciso ocupar o Flamengo e ficar à espreita de uma oportunidade para espetar o rubro-negro.

Só que Fernando Sobral, com gigantesca atuação, atuando de uma intermediária a outra, deu precioso passe para Vina abrir a contagem.

Posse de bola, volume de jogo e Gabigol sem “giz no taco”, em duas oportunidades, fizeram o Flamengo do primeiro tempo. Foi um trabalhão para o Ceará contê-lo.

No segundo tempo, embora Vitinho empatasse o jogo, o alvinegro de Guto Ferreira se valeu da alternância de jogo e fez com que o Flamengo “respeitasse a autoridade”, indo à luta com mais agressividade. Foi para o jogo, com uma postura ofensiva e mais corajosa.

Rick teve a grande chance de se consagrar na partida, mas Léo Pereira impediu que a bola entrasse.

Quando o Flamengo esteve para marcar com Michael, o Ceará mostrou que tem em Richard um grande goleiro.

Jogo bom, e o choro do Flamengo pela ausência de alguns jogadores não vale.

Só gostaríamos de saber quem os treinadores querem enganar, com tanta burrice na “feira das substituições”.

Já em Caxias...

No sábado à noite, o Fortaleza, com algumas alterações, interditou o Juventude na maior parte do primeiro tempo, marcou cedo o seu gol, com Benevenuto e criou a impressão de que a vitória estaria no papo, sem maiores problemas.

Apesar da incompletude no ataque, em função de um baixo rendimento de David, Robson e Romarinho nas conclusões, o tricolor fez marcação adiantada, ficou mais com a bola e os meio-campistas e zagueiros se encarregaram de finalizar para o gol.

Acontece que Mateus Jesus, Vagner e Castilho, depois de meia hora de jogo, entenderam de organizar melhor o time gaúcho, ao repetir finalizações de fora da área, emergindo do domínio tricolor.

Depois que Robson jogou, por cima, uma boa oportunidade de gol, no começo da segunda etapa (jogada entre Jussa e David), o Juventude operou três mudanças que fizeram enorme diferença, com as entradas de Sorriso, Bruninho e Paulo Henrique.

Não só empatou como passou a mandar no jogo e desarticular o Fortaleza.

Quando Bruno Melo mandou a penalidade na trave, se o tricolor tivesse marcado o gol o placar não seria justo.

Para o padrão de jogo do time de Vojvoda, o nível contra o Juventude foi muito baixo.